( Imagem da NET )
Tenho uma caixa de origami
Feita de papel de cetim
Onde guardo saudades tantas
e as desencapoto só pra mim
Sigo encenando sorrisos numa controlada quietação
que manda a sensatez, oculte meu sentir...
e á algia diga não
Numa dor-saudade sentida... na demasiada nostalgia de lembranças várias
Guardo em meu secreto imo, regalos de soberba recordação
E no entre-pensar de te ter e não te ver
Se de dia te recordo ... a noite traz-te a mim
E o sono intermitente, queda-se irrequieto a hibernar
No mesmo, embalo lembranças , afago-te na inolvidável minuta iluminada
Vislumbro ecos que minh'alma tocam
E na cicatriz da memória, me torno viajante
Nesta demente insanidade alucinada
E quero ser tanto e não sou nada...
© Ana Sousa Simões