Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Ruta del Cares





















Posted by Picasa

Desfiladeiro del Cares

 Entre Poncebos e Caín palmilhamos o desfiladeiro del Cares
 Sucedem-se curvas e "grutas" perpsectivas vertiginosas e paisagens deslumbrantes
De baixa dificuldade, não obstante os 24 Km (ida e volta) é um dos percursos mais
concorridos dos Picos da Europa.
Carregadas as energias e plenos de satisfação, desfiamos asfalto estreito e  empoeirado,
contornamos  montanha, avistamos o rio Cares  e, embriegados por tamanha beleza
 aí vamos nós em romaria, redescobrir "a garganta divina".
Tem lugar cativo o "rabeco" que espera doçuras dos caminheiros
E não há quem não resista em imortalizar o momento num registo fotográfico.
Mas o "rabeco" é esperto e se não lhe dás nada que se delicie, presenteia-te com uma "marradinha"
Ofereço-lhe as minhas sementes de girasol e ele agradece-me com miminhos.
A jornada chega ao final. Cansados mas muito felizes é hora de regressar que amanhã há que descobrir outro lugar.

sábado, 14 de maio de 2011

É Urgente Viver

A vida é uma aventura…

Entre rectas e curvas
Se vai percorrendo a vida
Preta, cinzenta, branca
Ou de mil cores colorida
Vertiginosamente emocionante
Languidamente esmorecida
Alucinante apaixonante
Majestosa ou mendiga
Assim é a vida…
É bela a vida!
Vem daí Vem vivê-la
Não fiques a vê-la passar
Anda apressa-te
Não temas tropeçar
Logo te ergues
Não desistas, vive a vida num todo
Também há vida no lodo, mas…
Vem á superfície e banha-te
Numa queda de água pura e cristalina
Vê… o mal já lá vai levado na corrente forte
Que importa se para sul ou para norte
Vai…á sua sorte… levado pela corrente
E tu limpo de corpo alma e mente
Ergues teu olhar... e teu coração sente
Tal cavaleiro lutando por sua moura amada
Vences o mal na ponta da espada
E na garupa de cavalo alado
Tu e a VIDA nele montado
Galopam pela estrada asfaltada
De felicidade beleza aventura
Amizade amor e ternura.

Vive a Vida!!!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Choro..............

Insónia...




Uma folha em branco
Caneta repousante na mão
Vai longa a noite
Que bela está a lua
Admiro-a através das vidraças
Quedo-me em silêncio de respiração suspensa
Escuto meu coração
Fala-me de revolta, angústia, tristeza
Raiva muda…algemada amordaçada
Estranha sensação
Vai longa a noite…
Calei minha vós
Onde estão as palavras que perdi...
Imutável, neste impasse
Reflicto...careço de força, careço de mim
Tentei ...juro que tentei…não consegui
Sem forças, sem esperança… Desisti
Vai longa a noite…
Sossego meus olhos lacrimejantes
Enxergo-me...Contornando as agruras da vida
Mal sinto meu respirar de exaustão e desalento
E a noite vai longa…
Brilham os primeiros raios da manhã
Contemplo a luz que entra pela mesma vidraça
Que há pouco me deixava acariciar a lua com meu olhar
Raios cálidos vivos animados
Acercam-se para me mimar
Devolvem-me a alento que a escuridão afugentou
Um grito de força entra de novo em mim
Vociferando Vitória teu sofrer chegou ao fim
E na ilusão do meu troféu
Sonho com esperança segurança afectividade
Seco as lágrimas, insisto no amor
E decidida
Avanço meu subtil, mas determinado caminhar
Renegando ver que é chegada a hora de acordar

© Ana Sousa Simões

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Castelo de Almourol

Erguido sobre uma pequena ilha escarpada nas águas do rio Tejo
Avisto-o. Envolto em enigmas e mistério…
Nobre altivo deslumbrante… cenário de batalhas históricas
Encantador romântico poético…palco de lendas de amor
Relembra-me batalhas sangrentas… atrai-me paz e tranquilidade
Repleta de felicidade e satisfação
Rumo á aventura numa pequena embarcação
Em demanda de um cavaleiro afoito que alegre meu coração
Galhofeira jovial espirituosa embarco á conquista de instantes bem-humorados
O barqueiro, de pele curtida pelo sol, sorriso simples e franco
Deambulando pelas águas do rio vai prolongando a viagem
Mas a lonjura é ínfima e o passeio dá-se por terminado  
Há que lançar as amarras e pisar o solo deste emblemático castro
 Relembrar seus tempos de glória percorrer suas muralhas elevadas
Subir á torre de menagem e inundar a alma de belas vistas
 Procurar com atenção os misteriosos túneis que segundo reza a história ligavam a ilha às margens…
Percorro os seculares trilhos, não deslumbro nem túneis nem formoso cavaleiro…
Sorvo vestígios de tempos passados misteriosos e encantados
Trago em mim uma moura de outrora
Onde há risos nunca apagados, sem desalentos nem cansaços
Alheada da exactidão perco a hora e a existência
Entrego-me ao abandono do momento á doce tranquilidade desse instante
Oiço vozes que levemente me despertam á realidade
É hora…é hora!

Estou de volta á embarcação
Para trás ficam os sonhos a ilusão dos contos de fadas de lendas por populares contadas
Que alimentam almas e corações
Comigo, vão sublimes paisagens que se espraiam curso acima e arredores até onde a minha vista alcança
A beleza deste lugar
E o júbilo de uma criança.


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um conto de Natal

Espírito de Natal
Era véspera de noite de natal, uma chuva fina e fria pincelava as ruas da cidade.
Ao sabor de um vento agreste e frio, uma mulher desloca-se feliz em passos apressados, depara outra mulher conhecida e diz-lhe em tom alegre, Feliz Natal, di-lo repetidas vezes enquanto lhe oferece um sorriso rasgado, despedem-se com um beijo e seguem direcções opostas. Mais á frente cruza-se com um jovem casal desconhecido, e já um pouco distante escuta a voz da rapariga:__ Feliz Natal vizinha, a mulher sorri enquanto agradece e retribui, não são vizinhas nunca viu aquele casal. É o espírito de Natal que invade corações.
Chega a casa após uma longa viagem, as dores e o cansaço acompanham-na mas está feliz, é Natal, época de paz e amor. Sabe o trabalho que a espera para a reunião familiar, desde sempre que é em sua casa, recorda com alguma tristeza, por já não sentir o mesmo gosto ao confeccioná-las, as rabanadas os sonhos azevias o bolo-rei os doces de maçapão, recorda um pai natal estendido na caminha com as botas ao lado e as renas dormindo que fizeram as delícias dos filhos, mas hoje está gasta, fatigada, desejava ter uma varinha de condão que lhe permitisse oferecer um manjar dos deuses aos que mais ama. A família, pelo que sempre lutou… uma família…
 Mãe não vai fazer peru recheado este natal? Eis que pergunta a filha mais velha. Uma pergunta verbosa…ela bem o sabia, o peru teria de estar em marinada se fosse esse o prato principal.
Não filha, este ano não vai, a mãe tem dores e anda exausta, depois tu bem o sabes, ando doente e com muito trabalho, não consigo, comprei um pedaço de lombo e vou fazê-lo de um modo festivo, vi uma receita que me parece excelente.
Decidiste sozinha portanto? Responde a filha num tom acusativo. Lombo de porco? Grande espírito de Natal possuis este ano.
A mulher tenta explicar-se, mas em vão, a filha grita-lhe e amua… Não suporta vê-la assim, corre a ver receitas novas em busca de algo que agrade á sua filha querida. Mas em vão, nada lhe agrada… e começam as ofensas, depois o desprezo…A mulher sofre, tenta o dialogo mas um filme da TV é mais importante que qualquer outro assunto, a mulher chora, sofre pelas palavras amargas que escuta da boca de quem tanto ama, a quem tudo deu, mas este Natal falhou por não dar peru recheado.
Desesperada de dor revolta-se após ter sentido o sabor amargo das suas próprias lágrimas.
Enfrenta a filha e diz-lhe entre soluços e de vós alterada.
--- Perguntaste-me onde está o espírito de Natal? Eu te respondo, não o encontras num peru recheado, espírito de Natal é paz harmonia amor compaixão união, não é uma mesa farta que nos traz o espírito de Natal. Quem me dera uma sopa apenas, saboreada em harmonia amor e a tua companhia. Natal é a festa da família. Onde está a nossa que se zanga por ninharias?
A mulher sai do quarto lavada em lágrimas convicta que nem uma palavra que proferiu foi ouvida, a TV mais uma vez entrepõe-se entre as duas. Deita-se mas não consegue dormir, o seu choro incomoda o marido, decide levantar-se, Sente-se perdida, no meio de uma batalha, relembra que é Natal, Jesus nasceu para nos salvar, movida dessa força, decidida, acredita ser possível cimentar a harmonia no lar e ao seu coração regressa o verdadeiro espírito de Natal.
Natal é Amor é Compreensão.
Desejo que a ninguém falte na mesa o pão...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Raios de Luz

Grata á Vida




Grata á Vida

Á vida enraizada
De verde esperança cercada
Fertilizo em mim a ousadia
De o presente sem temor viver
Não projecto o futuro
Evito mirar um passado nublado
Vivo alegremente sem o presente temer
De alma extravasando emoções
Dócil mas forte…Com flor ou com espinho
O presente sem temor irei viver
Debruço-me sobre a vida
Repartindo sorrisos que tocam corações
Solfejando trovas embalo meus sonhos
 E sem temor vivo o presente pleno de emoções
Confio ao destino que me aponte o caminho
E nesta floresta de troncos bordados
De verdes mesclados numa explosão de luz e cor
Vivo o presente sem temor
 E… a vida tem melhor sabor
Na fugacidade de um instante
De felicidade invadiu-se o ar
Com amor e sem temor
Vivo o presente na ânsia de ser amada e tudo amar
O coração que não se inibe e declara baixinho
Segue o teu caminho… Segue o teu sonho até ao infinito
E no presente sem temor
De sentido aguçado apreço escuto e vejo
E num lampejo de sabedoria
Reparo que tenho tudo que mais desejo
E…reconhecida sem nada esquecer
Agradeço ao Divino o privilégio de VIVER

Ana Simões