Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

sábado, 12 de outubro de 2013

Nas asas de um sonho...



Em estado de fascínio e emoção
Avisto horizontes do que não sou... e do que sou sem saber 
E, tal borboleta que suga esfuziante o néctar da flor
Deixo-me embriagar nesta doce-amarga afeição
Esqueço o lugar a que pertenço; rendida ao fascínio da atraccão
Perdida numa enseada desconhecida; onde habita felicidade e dor
Entre lágrimas e sorrisos, almejo  o aplacar desta ilusão
Que circula de passagem em  meu débil coração.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sorrisos da Natureza



Guardo este instante fugaz
Para que esteja sempre à mão
Botão em flor ausente de dor
E no limiar do meu limite
Quase roçando o desespero
Estendo a mão e recolho amor

Cativa-me...

A gente só conhece bem as coisas que cativou, os homens não tem mais tempo para conhecer coisa alguma. Compram tudo nas lojas. Mas como não existem lojas de  amigo, os homens, não têm mais amigos. Se tu queres um amigo cativa-me
....
A linguagem é fonte de mal entendidos...
Mas cada dia te sentirás mais próximo...

...E agitada descobrirei o preço da felicidade...

Um ano depois voltei ao mesmo lugar e reencontrámo-nos. Acho que a cativei ...


Antoine de Saint-Exupéry

Saudade...


Minha saudade Tem teu nome...
Minha saudade és tu...
É lembrança calma e serena
Gargalhada relembrada é um doce  poema
É  risota pegada em noite burlesca de Carnaval
É conselheira companheira alegre e divertida folgoseira
É passado sempre vivo é  festança sem igual
Minha saudade és tu... e tu és em mim um ser imortal...

Saudade de ti...minha doce Lena...

Adraga Mágica



Neste noite mágica, feiticeira
Neste estranho sortilégio
Que meus sentidos enlaça
Noite secreta de um sonho inventado
Nestas vagas de poemas
Neste viver louco de esquemas
Embalo meus dilemas
E sinto-Te a mau lado

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Alma Gémea


Quantas narrativas sepultadas
quantos sonhos abafados
Quantos sofridos lamentos levados pelo tempo
Quantos enamorados por mim escudados
Quantos desejos, quantos intentos
Quantos doces momentos por mim embalados
Quantos segredos guardados
Quanta liberdade aprisionada sem piedade nem dó
Por mim contestado.... e hoje permaneço só
Cansada, apagada de luz desabitada
Tal bicho abandonado entregue a maré vaza... entregue ao pó
Resta-me esta miragem...esta doce ilusão
Minh'alma gémea meu reflexo minha paixão.

Caminhos


Percorro trilhos num secreto silêncio da madrugada...
Num tempo que passa tão devagar...
Caminho cativa numa vida adormecida...
 Percorro o caminho seguindo a ilusão de um sonho..
Na penumbra do espaço  cheio de nada
Busco meus sonhos em meu regaço 
E gemidos de solidão, rasgam silêncios nesta caminhada

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sorrisos

                                             Um dia sem rir é um dia desperdiçado
                                                    Um dia sem rir é um dia desperdiçado
                                                 Um dia sem rir é um dia desperdiçado
                                                  Um dia sem rir é um dia desperdiçado
                                              Um dia sem rir é um dia desperdiçado

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dubiedade


Que insana loucura é esta que me desassossega
Estranho sortilégio que me amarra
Ora desenfreada alegria...ora  sabor acre de dor mordaz
Sentimentos perdidos num sonho fugaz
Buscam interregnos  perdidos no tempo
Delírios confusos sem rumo nem siso
E eu perdida choro de desalento...
E...ainda assim bendigo meu lamento 

Lamentos d'alma


Inda que ha-ja lágrimas e lamentos
Sonetos partituras por compor 
Melódicos solfejos minha boca irá cantar
Que é sublime a vida que vislumbro
E em cada esquina denoto amor

Sabor a mar... sabor a sal...


Num compasso marcado pelas marés
Corpos molhados de suor e sal
Vão pescando sonhos sem ilusão
Calando  ais do coração

Bola de Cristal


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ilusória Liberdade...


A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.
" Fernando Pessoa"

Vida de Insecto




E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vida dos insectos...
" Mario Quintana"

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Amigo/Irmão

Nem só de sangue são os irmãos
Há também laços unificados
Há novos pais novos irmãos
Unidos em casta comunhão
Por um cordão umbilical etéreo
Excluídos de gestação alheios à genética 
Assim são, amigos/ Irmãos!
Despidos dos prazeres da carne 
Alheios a paixões ou atracção 
Numa amizade pura e casta
Plena de cumplicidade e emoção
Assim é Amigo/ irmão
Assim é aquele  Amigo/Irmão.

domingo, 18 de agosto de 2013

Descobrindo Las Medulas

" Las Medulas" Em tempos uma antiga exploração de ouro romana, é hoje uma paisagem de rara beleza.

Caminhei pela senda de "Las Valiñas" Subi ao mirador de "Orellán" Encantei-me na "Cueva Encantada" perdi-me de felicidade em suas galerias  senti-me minúscula junto a "La Cuevona" e deslumbrada por tanta beleza esqueci...Que este cenário de conto de fadas renascido,  é fruto da ganancia humana...Hoje esta grandiosa paisagem de formações avermelhadas e bosques de castanheiros e carvalhos , são restos renascentes de uma exploração massiva levada a cabo pelos romanos nos Sec I e II D.C.

São também a esperança renovada, a prova provada que jamais desistir é o melhor caminho...
Hoje, o verde esperança da farta vegetação afaga os montes vermelhos de rubor envergonhados pela inconsciência  humana.
Em Las Medulas  Espanha.

















quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Quero a magia de um bosque encantado
Docemente descalça por ele deambular
Sentir em meu corpo a carícia do vento
Cerrar os olhos e sentir-me beijar
Quero encontrar o lugar onde abuliram fronteiras
Que não me impessam mais de viver
Quero
Simplesmente morrer...
E... súbitamente renascer
Quero
Existir, viver, ser...
E desta vez para sempre
Para sempre...

Gotas de "Orvalho" Numa Tarde de Verão...



Gotas de "orvalho" numa tarde de Verão...
São lágrimas guardadas nas memórias de tempo idos
Memórias descoloridas de uma vida já gasta
São gemidos amordaçados que carecem de coragem de gritar... já basta!
Agonia disfarçada, desgosto aflição...espasmo decepção...
São campos plantados de verde esperança rogando aos deuses...coragem
São madrugadas douradas cobertas de flores de suave fragrância
Sorrisos da Natureza que em delicada beleza
Num sopro do  vento  oscilam seus corpos em sensual dança
E eu...sou mera espectadora, fantasista, sonhadora
Contemplando a felicidade à distancia

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Metamorfoses


Como é dúbia a vida...
Acordei exausta sem ânimo
Num silêncio oco... já sem ais
Num silêncio cansado
E contra o cansaço lutei...
A tarde caía e silêncio trazia
 Silêncio lascado do tempo passado
 E neste silêncio meu coração sangrou
E na curva da dor minh'alma o silêncio vergastou
E no silêncio inútil chorei...chorei...
Senti raiva amordaçada amargura desilusão
Dor, desencanto...decepção
E escrevendo falei e minhas mágoas desafoguei
E a noite tombava num silêncio negro que tudo esmaga
Numa vida suspensa à espera de nada
E nesse silêncio rei dos silêncios
Permanecia em mim  felicidade envergonhada
Depois...
Um silêncio partilhado me alcançou
Tal  brisa de afecto meu rosto beijou
E uma sonora gargalhada o silêncio quebrou
Momentos ausentes de silêncio vivi...e sorri
E neste turbilhão galopante que galga o tempo sem piedade
Alcancei por momentos a doce felicidade

Ana Simões 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Sonho de Prata

O homem sonha acordado
Sonhando a vida percorre
E deste sonho dourado
Só acorda quando morre.
" António Aleixo"

E eu... Pintei tardes de cinza e prata
Cristalizando o tempo à luz do sol poente
Por suspensas pontes percorri caminhos
Serrando meus olhos de sonhos ausente
Cansada, esgotada de sonhar deixei
E se morta estou...ignoro...não sei...
Lancei ao vento sementes de ilusão
E ao meu fado doei meu coração
Perdi-me de amargura  e sem remissão
Num  agrado de ternura...Rendi-me...
E ao sonho retornei com sofreguidão
Que velejar na vida e não sonhar
É rumar prá morte antes da mesma chegar