Num baloiçar moderando deixámos Panticosa para trás, predispostos a mais uma caminhada.
Era uma tarde de Verão, fazendo-se sentir um calor tórrido, mas a paisagem merecia qualquer esforço.
Lá no cume, uma paz mais ampla esperava por nós.
Manadas de cavalos povoavam os maciços montanhosos, espreguiçam-se no frescor temperado dos prados verdejantes, sem deixar que a nossa presença os incomode.
Escondidos, no coração labiríntico das montanhas, dois lagos glaciares de águas verde-jade, surpreendem nosso olhar.
Do alto avisto o serpenteado caminho percorrido, com alguma nostalgia, dou-me conta que em breve o voltarei a palmilhar, deixando para trás tanta beleza quase inviolada.
Sobre nós, sobrevoam grifos de olhar atento buscando uma refeição.
E sobre o tecto azul de um céu limpo, no sopé das montanhas, absorvo e guardo em mim esta beleza vital.
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