À procura de um mote que me leve a escrever
Que na escrita eu forjo
O que quero ou não esquecer
O tempo passou e minha veia de versejar, o tempo levou
Já se foram os desejos insanos, desmedidos, proibidos, profanos
Já desisti de construir um futuro que a mim jamais pertenceu
Ainda que insaciada, desses anseios Minh 'alma já se esqueceu
Escrevia porque me doía um passado que me marcou
Almejando um futuro que a vida me tirou
Hoje vivo no presente
Ai de mim que feliz sou
Mas de escrever senti saudade
E saudosista eu sou
Convoquei a nostalgia que outrora me acompanhou
E à procura de um mote para escrever
Aqui eu estou.
© Ana Sousa Simões
1 comentário:
Boa noite Ana,
Que bom que voltou a este cantinho para nos mostrar a poesia que lhe corre nas veias.
O tempo não lhe levou o seu ser poético. Talvez tivesse ficado adormecido por algum tempo e tivesse chegado a hora de tornar a revelar a grande Poeta que há em si!
Adorei este poema!
Fico à espera de mais.
Beijinhos e um bom fim de semana.
Emília
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