Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Seguindo a estrada da vida


Hoje quero falar de dor…


Dor deliciosa dor benigna

Dor de amor dor que gera vida

Hoje quero vociferar de alegria e prazer

Quero vivenciar aquando te senti nascer

Hoje mais que nunca quero mimar-te o meu colo te quero dar

Como em tempos em meu regaço te voltar a embalar

Tua pele branca e fina acariciar

Meu doce menino, meu formoso homem

Tão frágil… tão forte…tão afável

Na tua extrema fragilidade conheci a felicidade

Na tua força interior conheci a coragem

No teu jeito afectuoso conheci o carinho

Minha estrela brilhante que ilumina meu olhar

Teu dia chegou é hora de festejar

Soltem foguetes de mil cores

Colorindo o céu a terra e o mar

Meu filho está de parabéns

Faz dezanove anos que acabou de chegar

Vem meu filho, vem me abraçar

Cerca-me em teus longos e esguios braços

Deixa-me perder nesse doce abraço

Quando me encontrar quero renascer

Apenas…para te AMAR.

Parabéns Filhote Muita saúde e Felicidade.

domingo, 25 de julho de 2010

Pinturas com luz

Caminho com lentidão ar descontraído rosto levantado


Inspiro o ar fresco da manhã aproveitando a efémera frescura matinal

Não tarda o sol vem beijar-me, beijos tão quentes que se não me acautelo vou-me queimar

Caminho por “senderos” empedrados, ladeados de mil cores pintados

Ignoro as picadas dos mosquitos que teimam em me perseguir e por fugir deles pico-me em cardos enfeitados de belas flores

Caminho livre determinada não contabilizando os km da caminhada

Admiro a exuberância das cores que revestem a planície

Refresco-me nas águas cristalinas dos lagos glaciares

Divirto-me como uma criança nos restos de neve que o Verão não conseguiu apagar

Escuto os pássaros em suaves melodias

Avisto uma casinha perdida e fantasio que é o meu palácio

Tantas emoções tantos delírios nestes campos revestidos de orquídeas margaridas e lírios

Quero guardar todos os aromas todas as formas todas as texturas todas as cores

A noite já se instalou e é ao som dos lobos a uivar que esta aventura vai terminar

Emociono-me ao som de cada clik da minha câmara mas é em meu coração que os irei guardar eternamente.

Laguna de Los peces "Sanábria"

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vila de Góis


Ei-la ela mesma envolta em encanto e magia


Tão bela majestosa e airosa

Ei-la como cresceu, de menina mulher se tornou Vila

Em ruas, becos monumentos e romaria

Pelo Ceira embalada entoa suave melodia

Nas suas margens a banhos as gentes vão

Que o calor aperta no Verão

A água é fresca a relva macia

Há sombras amenas para passar o dia

Ei-la tão bela e viçosa cheirando a rosa

Respira história em cada canto

Desperta vida em cada recanto

Ei-la como sobrevive, como prospera

A vida corre e por nós não espera

O sol acorda e com ele a vida

Escuta-se o pica-pau, o melro e a cotovia

E o dia começa em plena alegria

Ei-la em saudável solidão

Harmonioso momento este, só meu e teu

A água escorre nas pedras polidas

Reflecte e recria o próprio céu

Os melros voam em debanda

Instantes como este nada demanda

O resto é futuro á nossa espreita

Tal fruto maduro em hora de colheita

Ei-la em manhã de Primavera

Tranquila doce silenciosa

Uma folha navega sobre a água calma

Experimento a paz em minha alma

Recolho a dávida, o aroma a liberdade

Com ternura crescente, canto de saudade

E deixo livre o coração bater

Ainda resta tempo para agradecer

Ei-la luzente

A Vila de Góis

domingo, 2 de maio de 2010

A Mother's Prayer - Rachel Aldous / Happy Mother's Day, baby lullaby, de...

Mãe

Dia da mãe

Vagueei na minha infância

Na fantasia do meu sonhar

Sonhos de criança sonhos de ilusão

Sonhos de menina

Quem lhe presta consideração…



Sonhei que me acariciavas

Num harmonioso embalar

Em teu colo me aconchegavas

E nunca, nunca me desabrigavas

Senti os beijos que não me deste

As palavras nunca ditas

As feridas por sarar

O carecimento de afectos

Invadindo meu coração

A melancolia da saudade

Duma ausência sem razão

Senti no meu rosto de menina

A brandura sublime do afago da tua mão…

A quentura de quem uma filha abraça

Repleta de compaixão…

Tudo experimentei num devaneio de ilusão

-Mãe, querida mãe…

Tudo olvidei por deveras te amar

Absolvendo o teu triste desacertar

Cresci… e igualmente fui mãe

Mãe terra mãe fortificada

Meu colo macio meus filhos embalou

Meu bem-querer nunca os desabrigou

Mãe sensível mãe esperançada

Mãe que falha mãe irada

Mãe tolerante mãe complacente

Mãe que ama gratuitamente

Mãe afortunada mãe sorridente

Mãe psicóloga mãe professora

Mãe enfermeira mãe doutora

Mãe cozinheira mãe conselheira

Mãe que tudo sente

Mãe…

Mulher chorosa

Com lágrima pendente

Lágrimas e Sorrisos da Natureza.

Send It On (Clipe Oficial) - [Legendado em Português]

terça-feira, 27 de abril de 2010

HINO AOS AMIGOS

Aos amigos que estão longe

Despertando saudade

E num simples SMS, em formato de SOS

Me devolvem a serenidade

Aos que me restituem o sorriso

Se estou prestes a chorar

Emprestando-me o seu ombro

Aplacando minha dor

Simplesmente com um olhar

Aos que me incitam às lágrimas

Por tanto gargalhar

Descontroladamente contorcida

Imensamente divertida rindo sem parar

Me devolvem a satisfação de viver a ilusão

De uma criança a galhofar

Aos que me fazem sentir princesa

Aos que me fazem sentir menina

Aos que me dão resistência

Aos que me ajudam a voar

E nunca me deixam desistir

Se me sinto pequenina

Aos que me fazem sentir o sal

Das lágrimas do meu pranto

Se por vós amigos choro

É por vos estimar tanto

Ao amigo virtual

Que por passo de magia

Quase parece real

Aos amigos que já não vejo

Porque o destino os levou

Permanecem sempre comigo

Num fulgor de um beijo

Que no meu rosto ficou

“Amigos de todos, amigos de nenhum”

Alguém um dia falou…

Me perdoe esse alguém

Por dele discordar

Terei um… Terei um cento…

A todos irei amar

quarta-feira, 24 de março de 2010

Caminhos

Há caminhos sinuosos
Rectos Caminhos
Caminhos desertos
Caminhos de afectos
Caminhos ....
Caminhos de lágrimas de alegria e felicidade de fantasia
Caminhos emTerra Caminhos Pelo Mar
Caminhos de verdade
Caminhos de Sonhos de encantar
Caminhos ....
Doces e amargos Caminhos.

domingo, 29 de novembro de 2009

Tempo....que não espera....

Quero!!!!


Fotografar, pintar, escrever, passear, um livro ler...

Mas, e o TEMPO????

Esse, passa a correr

Quero, sonhar, meditar, música escutar, amar, dançar...

Mas o Tempo, passa sem cessar

TEMPO gatuno, de prazer de descanço

Por culpa tua, vivo a preto e branco...

Lamento de ângustia por tempo não ter

TEMPO!!! Dá-me TEMPO de VIVER!!!



Sempre haverá TEMPO

Um dia o vais encontrar

Como fruta madura

Quando a velhice chegar

Viverás sem horas marcadas

Cismando em primaveras extintas

Contando histórias repetidas

Corpo corruído, mente confusa

Sem lugar nenhum pra chegar

Sem inquitudes, sem pressas

Tempo de sombras, de memórias

Tempo de silêncio e solidão

No vazio do coração

Na monotonia de um olhar

Terás TEMPO, muito TEMPO

TEMPO para esperar...




sábado, 31 de outubro de 2009

SONHOS DE OUTONO

MOMENTOS




Quando o tempo passa
Ao ritmo de uma valsa
Numa rede sedosa
De conversas e diversão
Amizade e emoção
Sinto um secreto desejo de libertação
Quando passeando á beira-mar
A brisa corre suave
Aprazível e perfumada
Despertando ao meu olhar
Barquinhos pintados de todas as cores
Por gaivotas povoados
Sinto felicidade
Quando o sol desce no horizonte
Envolvendo num véu de bruma
Silhuetas apaixonadas
Mergulhados num banho inebriante
De ternura e amor
Sinto a fragilidade da solidão
Quando por caprichos da Natureza
O verde esperançado
Divinamente pintalgado
De amarelo, castanho e vermelho da paixão
Sinto como é doce passear
Numa tarde de Outono
Sonhando com os raios de sol
De uma tarde de Verão
Quando chega a madrugada
Tempo intermédio
Tempo frenético
Instantes de alegria
Pura euforia
O raiar de um novo dia
Ainda desconhecido
Tal folha em branco
Ou livro por escrever
Sinto a clarividência
De uma vida que passou por mim
 Antes de a viver.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Meu Presépio








 

...



Neste presépio á beira-mar, me deixo levar


E, volto a ser criança

Ouço gargalhadas vibrantes

O bater das ondas do mar

Vejo florescer os chorões

Papoilas dançando ao vento

Recordo, silhuetas afiladas correndo no areal

Sinto, saudade, amor e alegria

Lembro os sonhos que aqui sonhei

Sinto-te!

E, neste deslumbramento

Me quedo mais um momento



Recorda-nos...



As nossas brincadeiras

As nossas travessuras

As conversas de noites inteiras

O som das gargalhadas no travesseiro abafadas

A cumplicidade no olhar

Os sonhos que sonhámos

O futuro que idealizámos

As lições que das dificuldades tirámos

Sonhos perdidos no tempo

Sonhos que ficaram para sempre

Reflecte, e vê

Nada mudou, só o tempo passou

Eu sou a mesma

A brisa que toca teu corpo, sou eu!

O sol que te aquece, sou eu!

A água das chuvas que leva tuas mágoas, sou eu!

Eu sou aquela que te ama

Eu sou aquela que te apoia

Eu sou aquela que a distância não separa

Eu sou aquela que nunca te abandona

E tu...

Tu és, amigo, fiel, companheiro...

Tu és o mano mais novo, que me protege

Tu és minha vida, minha alegria

Tu és minha estrela guia

Tu és...

Meu irmão




domingo, 4 de outubro de 2009

Lágrimas



No trem da memória
Parto em viagem
Percorro labirintos da vida
Por sofrimentos enegrecida
Entro em ruelas do passado
De pensamento descontrolado
Deslizando veloz
Descarrilo chorando amargamente
De olhos turvos de lágrimas
Embato bruscamente no mundo duro e real
Atónita estonteada puxo o fio á meada
Com a graça de uma fábula
A força de uma parábola
Dou inicio ao meu relato….
Misteriosa mulher
Pobre de cultura rica em reflexão
De sensibilidade imortalizada
De afecto desnudada
Vacilante evasiva
Em busca do amor não vivido
Em busca do tempo desejado
Em busca da vida perdida
A memória diz-lhe: És o que foste.
A consciência afirma-lhe: És o que te deixaram ser
E ela mulher….
Onde o tempo urge e é urgente viver
Dá por terminada a viagem
Como fábula que encerra o enigma
Dançando ao ritmo da vida
Que sonha um dia vir a viver
Escondida atrás de um sorriso
Sonha com esperança
Porque essa…
NUNCA
A quer perder

© 2009 - Ana Simões

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Registos de Viagem





Caderno de viagem


A noite finda dissipando e escuridão, o sol desperta trazendo um novo dia a montes e vales adormecidos… É ainda muito cedo, mas a euforia de conquistar os picos montanhosos não me deixa dormir e parto á aventura. Sinto-me como as aves de rapina que sobrevoam a bela cadeia montanhosa.
Sem guia, apenas um lema: O respeito, respeito pela Natureza.
Avanço por serpenteamos caminhos naturais, recordo a alegre canção da Heidi, e incontrolavelmente começo a cantarolar, fazendo despertar a criança que há em mim. Vou subindo alegremente e cruzo-me com um jovem pai e suas duas meninas, logo trocamos conversa, mostro-lhes um gafanhoto que se encontra sobre o dedo de meu marido, aproveito para o fotografar, e logo fico a saber que para eles este lindo insecto se chama “salta-montes”, trocamos mais umas palavras sempre de sorrisos nos lábios, também eles entoam uma canção, tento acompanha-los mas rendo-me em risadas… a dada altura os caminhos separam-se e um aceno simpático faz com que nunca mais esqueça tais rostos, é impressionante a mudança de comportamento quando nos encontramos em natureza, é inevitável não comparar á frieza vivida na cidade ao longo de um ano de trabalho….Sigo o meu sonho, chegar ao ponto geodésico e vou avançando, a paisagem é de cortar a respiração, os “salta-monte ( gafanhotos) já acordaram á muito e também eles nos cantam uma canção, as borboletas esvoaçam de flor em flor, os vales estão repletos de belas e coloridas flores e o seu cheiro é inebriante. Bosques frondosos oferecem-nos suas sombras aqui e ali, o dia vai avançando e bancos de nuvens rolam pela orla das montanhas preparando-se para beijarem o vale ao cair da noite. Depois de muitas paragens para me deliciar com panoramas etéreos dignos dos mais belos sonhos, os maciços surgem alucinantes como corpos erguidos ao céu, despidos de suas vestes brancas, a rocha escura brilha aos últimos raios de sol que teimam em espreitar pelas densas nuvens, chuva e trovoadas foram por breves instantes minhas companheiras desta aventura, mas parecendo respeitar o meu desejo dissiparam-se á minha chegada ao cume.
Cheguei! Liberto todas as tensões, o panorama sobre o vale e o lago glaciar é soberbo, desfruto de momentos de meditação, conforto para o espírito, sinto-me ainda mais pequenina perante a imponência destes gigantes, sentada no seu sopé, saboreio os frutos silvestres que colhi…estou no topo do mundo, a Natureza impõe todo o seu esplendor, e eu, EU…Dou graças por estar viva.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

RECORDAR É VIVER


Cristina
Bonequinha expressiva e risonha
Seus olhos azuis tão vivos refulgem
Como astros brilhantes impulsionando vida
De amora silvestre é sua boquinha
Das palavras ditas… há muito esquecida
Com um vago sorriso Cristina me fita
Uma onda renascente invade o ambiente…
No viajar da memoria vivo o momento
E juntas encetamos viagem
Avisto….
Criança risonha de bochechas rosadas
Olhar doce e ar traquina
Ávida de vida esponja insaciável
Percorre fazendas em sonhos de menina
Como aves que voam para poente ou nascente
Devaneia livremente em doce magia
E corre feliz saltitando sorridente
Soltando rizadas freneticamente…
Saudosas lembranças descem em cascata
Iluminando o olhar da menina mulher
Tão meiga, tão doce, sonhadora, abstracta…
Num abraço e num beijo enternecida absorvo…
A meninice e pureza daqueles anos de prata.

Tua bonequinha de olhos azuis do céu.... como os teus... Lena querida.