Acerca de mim

- Ana Simões
- Sintra, Lisboa, Portugal
- Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Insónia...
Uma folha em branco
Caneta repousante na mão
Vai longa a noite
Que bela está a lua
Admiro-a através das vidraças
Quedo-me em silêncio de respiração suspensa
Escuto meu coração
Fala-me de revolta, angústia, tristeza
Raiva muda…algemada amordaçada
Estranha sensação
Vai longa a noite…
Calei minha vós
Onde estão as palavras que perdi...
Imutável, neste impasse
Reflicto...careço de força, careço de mim
Tentei ...juro que tentei…não consegui
Sem forças, sem esperança… Desisti
Vai longa a noite…
Sossego meus olhos lacrimejantes
Enxergo-me...Contornando as agruras da vida
Mal sinto meu respirar de exaustão e desalento
E a noite vai longa…
Brilham os primeiros raios da manhã
Contemplo a luz que entra pela mesma vidraça
Que há pouco me deixava acariciar a lua com meu olhar
Raios cálidos vivos animados
Acercam-se para me mimar
Devolvem-me a alento que a escuridão afugentou
Um grito de força entra de novo em mim
Vociferando Vitória teu sofrer chegou ao fim
E na ilusão do meu troféu
Sonho com esperança segurança afectividade
Seco as lágrimas, insisto no amor
E decidida
Avanço meu subtil, mas determinado caminhar
Renegando ver que é chegada a hora de acordar
© Ana Sousa Simões
© Ana Sousa Simões
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Castelo de Almourol
Erguido sobre uma pequena ilha escarpada nas águas do rio Tejo
Avisto-o. Envolto em enigmas e mistério…
Nobre altivo deslumbrante… cenário de batalhas históricas
Encantador romântico poético…palco de lendas de amor
Relembra-me batalhas sangrentas… atrai-me paz e tranquilidade
Repleta de felicidade e satisfação
Rumo á aventura numa pequena embarcação
Em demanda de um cavaleiro afoito que alegre meu coração
Galhofeira jovial espirituosa embarco á conquista de instantes bem-humorados
O barqueiro, de pele curtida pelo sol, sorriso simples e franco
Deambulando pelas águas do rio vai prolongando a viagem
Mas a lonjura é ínfima e o passeio dá-se por terminado
Há que lançar as amarras e pisar o solo deste emblemático castro
Relembrar seus tempos de glória percorrer suas muralhas elevadas
Subir á torre de menagem e inundar a alma de belas vistas
Procurar com atenção os misteriosos túneis que segundo reza a história ligavam a ilha às margens…
Percorro os seculares trilhos, não deslumbro nem túneis nem formoso cavaleiro…
Sorvo vestígios de tempos passados misteriosos e encantados
Trago em mim uma moura de outrora
Onde há risos nunca apagados, sem desalentos nem cansaços
Alheada da exactidão perco a hora e a existência
Entrego-me ao abandono do momento á doce tranquilidade desse instante
Oiço vozes que levemente me despertam á realidade
É hora…é hora!
Estou de volta á embarcação
Para trás ficam os sonhos a ilusão dos contos de fadas de lendas por populares contadas
Que alimentam almas e corações
Comigo, vão sublimes paisagens que se espraiam curso acima e arredores até onde a minha vista alcança
A beleza deste lugar
E o júbilo de uma criança.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Um conto de Natal
Espírito de Natal
Era véspera de noite de natal, uma chuva fina e fria pincelava as ruas da cidade.
Ao sabor de um vento agreste e frio, uma mulher desloca-se feliz em passos apressados, depara outra mulher conhecida e diz-lhe em tom alegre, Feliz Natal, di-lo repetidas vezes enquanto lhe oferece um sorriso rasgado, despedem-se com um beijo e seguem direcções opostas. Mais á frente cruza-se com um jovem casal desconhecido, e já um pouco distante escuta a voz da rapariga:__ Feliz Natal vizinha, a mulher sorri enquanto agradece e retribui, não são vizinhas nunca viu aquele casal. É o espírito de Natal que invade corações.
Chega a casa após uma longa viagem, as dores e o cansaço acompanham-na mas está feliz, é Natal, época de paz e amor. Sabe o trabalho que a espera para a reunião familiar, desde sempre que é em sua casa, recorda com alguma tristeza, por já não sentir o mesmo gosto ao confeccioná-las, as rabanadas os sonhos azevias o bolo-rei os doces de maçapão, recorda um pai natal estendido na caminha com as botas ao lado e as renas dormindo que fizeram as delícias dos filhos, mas hoje está gasta, fatigada, desejava ter uma varinha de condão que lhe permitisse oferecer um manjar dos deuses aos que mais ama. A família, pelo que sempre lutou… uma família…
Mãe não vai fazer peru recheado este natal? Eis que pergunta a filha mais velha. Uma pergunta verbosa…ela bem o sabia, o peru teria de estar em marinada se fosse esse o prato principal.
Não filha, este ano não vai, a mãe tem dores e anda exausta, depois tu bem o sabes, ando doente e com muito trabalho, não consigo, comprei um pedaço de lombo e vou fazê-lo de um modo festivo, vi uma receita que me parece excelente.
Decidiste sozinha portanto? Responde a filha num tom acusativo. Lombo de porco? Grande espírito de Natal possuis este ano.
A mulher tenta explicar-se, mas em vão, a filha grita-lhe e amua… Não suporta vê-la assim, corre a ver receitas novas em busca de algo que agrade á sua filha querida. Mas em vão, nada lhe agrada… e começam as ofensas, depois o desprezo…A mulher sofre, tenta o dialogo mas um filme da TV é mais importante que qualquer outro assunto, a mulher chora, sofre pelas palavras amargas que escuta da boca de quem tanto ama, a quem tudo deu, mas este Natal falhou por não dar peru recheado.
Desesperada de dor revolta-se após ter sentido o sabor amargo das suas próprias lágrimas.
Enfrenta a filha e diz-lhe entre soluços e de vós alterada.
--- Perguntaste-me onde está o espírito de Natal? Eu te respondo, não o encontras num peru recheado, espírito de Natal é paz harmonia amor compaixão união, não é uma mesa farta que nos traz o espírito de Natal. Quem me dera uma sopa apenas, saboreada em harmonia amor e a tua companhia. Natal é a festa da família. Onde está a nossa que se zanga por ninharias?
A mulher sai do quarto lavada em lágrimas convicta que nem uma palavra que proferiu foi ouvida, a TV mais uma vez entrepõe-se entre as duas. Deita-se mas não consegue dormir, o seu choro incomoda o marido, decide levantar-se, Sente-se perdida, no meio de uma batalha, relembra que é Natal, Jesus nasceu para nos salvar, movida dessa força, decidida, acredita ser possível cimentar a harmonia no lar e ao seu coração regressa o verdadeiro espírito de Natal.
Natal é Amor é Compreensão.
Desejo que a ninguém falte na mesa o pão...
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Grata á Vida
Grata á Vida
Á vida enraizada
De verde esperança cercada
Fertilizo em mim a ousadia
De o presente sem temor viver
Não projecto o futuro
Evito mirar um passado nublado
Vivo alegremente sem o presente temer
De alma extravasando emoções
Dócil mas forte…Com flor ou com espinho
O presente sem temor irei viver
Debruço-me sobre a vida
Repartindo sorrisos que tocam corações
Solfejando trovas embalo meus sonhos
E sem temor vivo o presente pleno de emoções
Confio ao destino que me aponte o caminho
E nesta floresta de troncos bordados
De verdes mesclados numa explosão de luz e cor
Vivo o presente sem temor
E… a vida tem melhor sabor
Na fugacidade de um instante
De felicidade invadiu-se o ar
Com amor e sem temor
Vivo o presente na ânsia de ser amada e tudo amar
O coração que não se inibe e declara baixinho
Segue o teu caminho… Segue o teu sonho até ao infinito
E no presente sem temor
De sentido aguçado apreço escuto e vejo
E num lampejo de sabedoria
Reparo que tenho tudo que mais desejo
E…reconhecida sem nada esquecer
Agradeço ao Divino o privilégio de VIVER
Ana Simões
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Seguindo a estrada da vida
Hoje quero falar de dor…
Dor deliciosa dor benigna
Dor de amor dor que gera vida
Hoje quero vociferar de alegria e prazer
Quero vivenciar aquando te senti nascer
Hoje mais que nunca quero mimar-te o meu colo te quero dar
Como em tempos em meu regaço te voltar a embalar
Tua pele branca e fina acariciar
Meu doce menino, meu formoso homem
Tão frágil… tão forte…tão afável
Na tua extrema fragilidade conheci a felicidade
Na tua força interior conheci a coragem
No teu jeito afectuoso conheci o carinho
Minha estrela brilhante que ilumina meu olhar
Teu dia chegou é hora de festejar
Soltem foguetes de mil cores
Colorindo o céu a terra e o mar
Meu filho está de parabéns
Faz dezanove anos que acabou de chegar
Vem meu filho, vem me abraçar
Cerca-me em teus longos e esguios braços
Deixa-me perder nesse doce abraço
Quando me encontrar quero renascer
Apenas…para te AMAR.
Parabéns Filhote Muita saúde e Felicidade.
domingo, 25 de julho de 2010
Pinturas com luz
Caminho com lentidão ar descontraído rosto levantado
Inspiro o ar fresco da manhã aproveitando a efémera frescura matinal
Não tarda o sol vem beijar-me, beijos tão quentes que se não me acautelo vou-me queimar
Caminho por “senderos” empedrados, ladeados de mil cores pintados
Ignoro as picadas dos mosquitos que teimam em me perseguir e por fugir deles pico-me em cardos enfeitados de belas flores
Caminho livre determinada não contabilizando os km da caminhada
Admiro a exuberância das cores que revestem a planície
Refresco-me nas águas cristalinas dos lagos glaciares
Divirto-me como uma criança nos restos de neve que o Verão não conseguiu apagar
Escuto os pássaros em suaves melodias
Avisto uma casinha perdida e fantasio que é o meu palácio
Tantas emoções tantos delírios nestes campos revestidos de orquídeas margaridas e lírios
Quero guardar todos os aromas todas as formas todas as texturas todas as cores
A noite já se instalou e é ao som dos lobos a uivar que esta aventura vai terminar
Emociono-me ao som de cada clik da minha câmara mas é em meu coração que os irei guardar eternamente.
Inspiro o ar fresco da manhã aproveitando a efémera frescura matinal
Não tarda o sol vem beijar-me, beijos tão quentes que se não me acautelo vou-me queimar
Caminho por “senderos” empedrados, ladeados de mil cores pintados
Ignoro as picadas dos mosquitos que teimam em me perseguir e por fugir deles pico-me em cardos enfeitados de belas flores
Caminho livre determinada não contabilizando os km da caminhada
Admiro a exuberância das cores que revestem a planície
Refresco-me nas águas cristalinas dos lagos glaciares
Divirto-me como uma criança nos restos de neve que o Verão não conseguiu apagar
Escuto os pássaros em suaves melodias
Avisto uma casinha perdida e fantasio que é o meu palácio
Tantas emoções tantos delírios nestes campos revestidos de orquídeas margaridas e lírios
Quero guardar todos os aromas todas as formas todas as texturas todas as cores
A noite já se instalou e é ao som dos lobos a uivar que esta aventura vai terminar
Emociono-me ao som de cada clik da minha câmara mas é em meu coração que os irei guardar eternamente.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Vila de Góis
Tão bela majestosa e airosa
Ei-la como cresceu, de menina mulher se tornou Vila
Em ruas, becos monumentos e romaria
Pelo Ceira embalada entoa suave melodia
Nas suas margens a banhos as gentes vão
Que o calor aperta no Verão
A água é fresca a relva macia
Há sombras amenas para passar o dia
Ei-la tão bela e viçosa cheirando a rosa
Respira história em cada canto
Desperta vida em cada recanto
Ei-la como sobrevive, como prospera
A vida corre e por nós não espera
O sol acorda e com ele a vida
Escuta-se o pica-pau, o melro e a cotovia
E o dia começa em plena alegria
Ei-la em saudável solidão
Harmonioso momento este, só meu e teu
A água escorre nas pedras polidas
Reflecte e recria o próprio céu
Os melros voam em debanda
Instantes como este nada demanda
O resto é futuro á nossa espreita
Tal fruto maduro em hora de colheita
Ei-la em manhã de Primavera
Tranquila doce silenciosa
Uma folha navega sobre a água calma
Experimento a paz em minha alma
Recolho a dávida, o aroma a liberdade
Com ternura crescente, canto de saudade
E deixo livre o coração bater
Ainda resta tempo para agradecer
Ei-la luzente
A Vila de Góis
domingo, 2 de maio de 2010
Mãe
Dia da mãe
Vagueei na minha infância
Na fantasia do meu sonhar
Sonhos de criança sonhos de ilusão
Sonhos de menina
Quem lhe presta consideração…
Sonhei que me acariciavas
Num harmonioso embalar
Em teu colo me aconchegavas
E nunca, nunca me desabrigavas
Senti os beijos que não me deste
As palavras nunca ditas
As feridas por sarar
O carecimento de afectos
Invadindo meu coração
A melancolia da saudade
Duma ausência sem razão
Senti no meu rosto de menina
A brandura sublime do afago da tua mão…
A quentura de quem uma filha abraça
Repleta de compaixão…
Tudo experimentei num devaneio de ilusão
-Mãe, querida mãe…
Tudo olvidei por deveras te amar
Absolvendo o teu triste desacertar
Cresci… e igualmente fui mãe
Mãe terra mãe fortificada
Meu colo macio meus filhos embalou
Meu bem-querer nunca os desabrigou
Mãe sensível mãe esperançada
Mãe que falha mãe irada
Mãe tolerante mãe complacente
Mãe que ama gratuitamente
Mãe afortunada mãe sorridente
Mãe psicóloga mãe professora
Mãe enfermeira mãe doutora
Mãe cozinheira mãe conselheira
Mãe que tudo sente
Mãe…
Mulher chorosa
Com lágrima pendente
terça-feira, 27 de abril de 2010
HINO AOS AMIGOS
Aos amigos que estão longe
Despertando saudade
E num simples SMS, em formato de SOS
Me devolvem a serenidade
Aos que me restituem o sorriso
Se estou prestes a chorar
Emprestando-me o seu ombro
Aplacando minha dor
Simplesmente com um olhar
Aos que me incitam às lágrimas
Por tanto gargalhar
Descontroladamente contorcida
Imensamente divertida rindo sem parar
Me devolvem a satisfação de viver a ilusão
De uma criança a galhofar
Aos que me fazem sentir princesa
Aos que me fazem sentir menina
Aos que me dão resistência
Aos que me ajudam a voar
E nunca me deixam desistir
Se me sinto pequenina
Aos que me fazem sentir o sal
Das lágrimas do meu pranto
Se por vós amigos choro
É por vos estimar tanto
Ao amigo virtual
Que por passo de magia
Quase parece real
Aos amigos que já não vejo
Porque o destino os levou
Permanecem sempre comigo
Num fulgor de um beijo
Que no meu rosto ficou
“Amigos de todos, amigos de nenhum”
Alguém um dia falou…
Me perdoe esse alguém
Por dele discordar
Terei um… Terei um cento…
A todos irei amar
Despertando saudade
E num simples SMS, em formato de SOS
Me devolvem a serenidade
Aos que me restituem o sorriso
Se estou prestes a chorar
Emprestando-me o seu ombro
Aplacando minha dor
Simplesmente com um olhar
Aos que me incitam às lágrimas
Por tanto gargalhar
Descontroladamente contorcida
Imensamente divertida rindo sem parar
Me devolvem a satisfação de viver a ilusão
De uma criança a galhofar
Aos que me fazem sentir princesa
Aos que me fazem sentir menina
Aos que me dão resistência
Aos que me ajudam a voar
E nunca me deixam desistir
Se me sinto pequenina
Aos que me fazem sentir o sal
Das lágrimas do meu pranto
Se por vós amigos choro
É por vos estimar tanto
Ao amigo virtual
Que por passo de magia
Quase parece real
Aos amigos que já não vejo
Porque o destino os levou
Permanecem sempre comigo
Num fulgor de um beijo
Que no meu rosto ficou
“Amigos de todos, amigos de nenhum”
Alguém um dia falou…
Me perdoe esse alguém
Por dele discordar
Terei um… Terei um cento…
A todos irei amar
quarta-feira, 24 de março de 2010
Caminhos
Há caminhos sinuosos
Rectos Caminhos
Caminhos desertos
Caminhos de afectos
Caminhos ....
Caminhos de lágrimas de alegria e felicidade de fantasia
Caminhos emTerra Caminhos Pelo Mar
Caminhos de verdade
Caminhos de Sonhos de encantar
Caminhos ....
Doces e amargos Caminhos.
domingo, 29 de novembro de 2009
Tempo....que não espera....
Quero!!!!
Fotografar, pintar, escrever, passear, um livro ler...
Mas, e o TEMPO????
Esse, passa a correr
Quero, sonhar, meditar, música escutar, amar, dançar...
Mas o Tempo, passa sem cessar
TEMPO gatuno, de prazer de descanço
Por culpa tua, vivo a preto e branco...
Lamento de ângustia por tempo não ter
TEMPO!!! Dá-me TEMPO de VIVER!!!
Sempre haverá TEMPO
Um dia o vais encontrar
Como fruta madura
Quando a velhice chegar
Viverás sem horas marcadas
Cismando em primaveras extintas
Contando histórias repetidas
Corpo corruído, mente confusa
Sem lugar nenhum pra chegar
Sem inquitudes, sem pressas
Tempo de sombras, de memórias
Tempo de silêncio e solidão
No vazio do coração
Na monotonia de um olhar
Terás TEMPO, muito TEMPO
TEMPO para esperar...
sábado, 31 de outubro de 2009
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