Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cansaço...




Não é apenas tristeza, é cansaço...
Desta vida de mentiras
Em cada luto que faço
Revivo lembranças guardadas em silêncios finados
Não tenho balança que pese meus ais
Tenho medos envenenados
Por negras nuvens, primaveras sem flor e verões sem frutos
Tenho firmamentos de pedra que pesam demais
Tenho alucinações que ofuscam meu olhar
Queimei ilusões que me estavam a cegar
Não tenho tradutor para o meu penar
Mas já não importa...ninguém o quer escutar...
Respiro devagar e no silêncio do meu âmago 
Um mundo de paz e luz quero inaugurar
Criarei meu próprio dialecto, onde ninguém o possa aprender
Viverei nesta estranha mutação, aspirando com resignação
O sofrimento, a angustia e a dor, venham a perecer
E sem culpa, sem desejo ou paixão
Em corpo frágil feminino de mulher entontecida
Viciada em dor como em droga cocaína
Apaziguo a alma  e aguardo  guarida 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Seguindo Horizontes




Espreita  o sol carinhoso
Enviando-me afecto ao meu passar
Sigo seus  horizontes e  próximo me vou abrigar
Tranco as portas da angustia, abro janelas e deito a voar
Lágrimas que teimosamente não param de rolar
Desnudo meu coração aos raios do sol poente
E na sua nudez sonho silenciosamente
Dos meus olhos ainda escorrem martírios alimentados por delírios
Pacientemente nada peço, apenas espero que os raios de sol me venham mimar
E resgato afectos  emergidos em águas  rancorosas... e sussurro baixinho
Retornem a mim sonhos meus... que ainda não perdi a capacidade de sonhar
Sonhos sem fantasia onde me possa reencontrar
Atravesso pontes de discernimento reconstruidas
Mergulho em alvas vagas  espumadas de alegria
E sem mágoa ou remorso recomeço
O trilho da vida que me espera pacientemente sem julgamentos


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Hoje tudo me dói...

Hoje tudo me dói...
Dói-me a incompreensão de palavras escritas
E o oculto  do que ficou por dizer
Dói-me as rejeições que recebi
Mais as que concebi  por não saber viver
Dói-me  o desprezo, as desilusões
As indulgencias, o desabrigo, o desamparo
A orfandade, a insensibilidade, a negligencia 
De não amada ser  por quem tinha esse dever
E assim me transformou neste miserável ser
Hoje tudo me dói...
Dói-me ecos de silêncio trancados em meu peito
Não ter vivido  por  incapacidade ou cobardia  tudo a que tinha direito
Dói-me a falsidade de palavras ocas sem razão
Lançadas como flechas molestando meu coração
Hoje tudo me dói...
Dói-me o acreditar num ser humano sem compaixão
O incompreendido argumento do avesso e do direito da razão
Razão... quem sabe onde pára a razão?
Dói-me o conformismo nas horas de aflição
A raiva amordaçada, a mágoa abafada a amargura que gela meu coração
Hoje tudo me dói...
Doem-me julgamentos equivocados injustos mal-formados
Dói-me o que fui e o que queria ser
Doem-me as lágrimas que queimam meu rosto
Dói-me este  doce amargo sabor a mosto
Dói-me ser "deletada" como carta rasgada
Sem embargo ou compaixão
Hoje tudo me dói...
Frágil vulnerável... dói-me decifrar ensinamentos
Neste amplo livro de ilusões lotado de sonhos, por mim registados
Cega de dor numa vida sem cor os quero rasgados 
Hoje tudo me dói...
Dói-me a hora da partida e da chegada
Despida  de esperança e coragem apago emoções e não desejo mais nada
Hoje tudo me dói...







segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inutilmente




Inutilmente...
Inutilmente busquei amor vadio
Anestesiando insaráveis feridas
Fantasiando suprimir carências vivas
Inutilmente...
Inutilmente busquei meu rumo
Em afectos que nunca vivi
E na calada da memória
Mil dores omiti
Inutilmente...
Numa ilusão fugaz de sonhos de mulher
Inventei momentos de beijos estagnados
Vigilante desperto p'rá imutável veracidade
Vislumbro como é inútil
Este tudo que não é nada
Na dor de desejos cegos
Saboreio a tortura de uma vivência inacabada

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Basta!

Basta!
... De uma vida de faz de conta
Vida tépida incolor de sabor a sal
Feita de quimeras sonhos ou ilusão
Adubados de falsos afectos
Onde germinam a dor e o mal
Basta!
De caminhar por tapetes de inútil esperança
De verdes descolorados sequiosos de viver
Uma tela colorida numa pintura abstracta 
Onde o cinza e o negro não possam habitar
Amor, felicidade e paz quero nessa tela pintar
Basta!
De ensaios neste palco da vida
Não quero mais uma vivência fingida
Basta! Basta! Basta!
 Sequem-me as lágrimas por Deus vos peço
Fecho os olhos não quero ver mais 
Minh'alma transborda de dor
E sem rodeios confesso; já não suporto meus ais



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Solidão


Enxergo o que de nós restou...Nesta sofrida jornada por  fim 
Amor  infecundado numa esperança abandonada
Canções esquecidas, retratos e palavras rasgadas
Dois seres vazios, duas almas separadas...
Dois corações fustigados, abandonados, maltratados
Enxergo o que restou, de um sonho que começou numa tarde cálida de verão
E... tristemente entendo...de nós apenas ficou recordações e solidão.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Seres Alados


Bendita vós seres alados
Que livres voam por espaços divinos
Em terno enlevo decobrem o mundo
Na amplidão de alma pura
Em viciado deleite de flor em flor
Embriagam-se de amor
Desconhecendo  o sabor do pecado imundo

domingo, 20 de outubro de 2013

Existência



Em cada dia senti o pulsar da vida
Palmilhando caminhos direitos ou às avessas
Numa jornada sem pressas
Por hoje...Pintei minha vida de mil cores
E no limiar da nostalgia roubei a chave à alegria
Bendigo meu nascimento; lambendo as feridas do dia a dia
Deixei-as dormindo uma a uma...e hoje; só por hoje...
Não faço... nem espero... promessas

Amigo...



"Autor Desconhecido"

O doce sabor da amizade

 Para visualizar, clicar nos links por favor


Amigos fazem-se sentir presentes mesmo que ausentes...
Todos vós me fizeram sentir especial neste meu dia. Com as vossas palavras, com os vossos mimos, com um tão doce   // Beijo doce de ...PARABÉNS!// ....A minha vida  ganhou cor....Grata e feliz por vos ter em minha vida.
Obrigada!!!!

Apesar de guardar neste meu cantinho apenas alguns dos presentes que recebi de vós. Todos!! estão aqui representados TODOS!!!





https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200731586228363&set=p.10200731586228363&type=1&theater






https://www.facebook.com/ana.sousasimoes/posts/598805460183086?comment_id=5483291







https://www.facebook.com/ana.sousasimoes/posts/598821223514843






https://www.facebook.com/photo.php?fbid=757143487645389&set=p.757143487645389&type=1&theater






https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200960399711895&set=at.10200797142190559.1073741833.1223288088.100001609122783&type=1&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=621252927927202&set=p.621252927927202&type=1&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200657138895205&set=p.10200657138895205&type=1&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200161707763985&set=p.10200161707763985&type=1&theater

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10200566795082687&set=p.10200566795082687&type=1&theater



https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10201517057785478&set=p.10201517057785478&type=1&theater


Beijo doce de...PARABÉNS!!!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Confiança



Como é simples e maravilhoso conviver com os "irracionais"...

Cansei...



Cansei de guiar-me á luz de um Deus maior descompadecido
Limar arestas almejando a perfeição de uma vida insipita e sem cor
Usar máscara de sorriso ocultando a dor esperando um paraíso desconhecido
Cansei travar  gestos e palavras pra não ferir, cansei de  ler/escrever  nas entrelinhas
De  pintar minha vida em tela alva e fria,  onde fontes de beijos e abraços  
Secam desprovidos de desejo e de desenlaçados laços
Cansei sentir meu chão fugindo de mim e de uma vida não regada
Jamais provar o fruto de uma árvore por mim nunca semeada..

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Só...



Hoje, num impulso de agonia e dor lancei ao mar  doces recordações..Todas!
Entre imagens, palavras beijos e canções reavivávam negras ilusões
Hoje, aqui esquecida em dor afogada já não espero mais nada

Ultima Mensagem


E numa tarde cálida de Outono, chegou finalmente a mensagem... Vinha fétida e seca, escrita em sentida caligrafia, falava de dor, desprendimento despedida, separação  As palavras fluíam em sua mente já gasta, removendo do coração e  da alma, qualquer ilusão.. E na dureza de amargos sentimentos revivia memórias de  doces momentos
Numa percepção realista, deixou os sonhos de lado e guardou para sempre aquele pedaço de vida, viajado por mil mares  nunca por ela navegados... hoje, cansada com tudo acabado, espera docemente numa cadeira sentada,  o que a vida ainda lhe possa oferecer... e ela possa receber...
 porque a esperança só acaba depois de morrer.

É tarde...




É tarde...já se foi o tempo de profundos momentos
Em misterioso silêncio levados para destino incerto
Soterrarei a dor em gritos abafados, de  sentidos  atribulados
Sonhos devaneios ou pesadelos... de lágrimas por mim molhados
Afloro as palavras que me prenderam... abro meu peito e deixo-as voar
Choro sentimentos que um dia me tocaram de passagem
Invento significados para o que nao usufruí  por direito
E numa morte antecipada... guardarei lembranças de um principe (in)perfeito

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O meu balancé...

Quero a magia do doce balançar de um balancé 
Meus cabelos ao vento senti-los voar 
Meu rosto de menina o sol beijar
Voar no tempo e deixar-me levar
Quero a magia do doce balançar de um balancé
Sentir-me princesa numa estória de encantar
Canções de roda cantarolar
Abrir meu peito e deixar-me voar
Quero a magia do doce balançar de um balancé
Conhecer a inocência do verbo amar 
Soltar as grilhetas que me estão a sufocar
Na inocência de menina  a vida conquistar
Num doce balançar de um balancé

sábado, 12 de outubro de 2013

Panticosa/ Huesca. Pirinéu Aragonês



Num baloiçar moderando deixámos Panticosa para trás, predispostos a mais uma caminhada.
Era uma tarde de Verão, fazendo-se sentir um calor tórrido, mas a paisagem merecia qualquer esforço.
Lá no cume, uma paz mais ampla esperava por nós.
Manadas de cavalos povoavam os maciços montanhosos, espreguiçam-se no frescor temperado dos prados verdejantes, sem deixar que a nossa presença os incomode.
Escondidos, no coração labiríntico das montanhas, dois lagos glaciares de águas verde-jade, surpreendem nosso olhar.
Do alto avisto o serpenteado caminho percorrido, com alguma nostalgia, dou-me conta que em breve o voltarei a palmilhar, deixando para trás tanta beleza quase inviolada. 
Sobre nós, sobrevoam grifos de olhar atento buscando uma refeição.
E sobre o tecto azul de um céu limpo, no sopé das montanhas, absorvo e guardo em mim esta beleza vital.











Nas asas de um sonho...



Em estado de fascínio e emoção
Avisto horizontes do que não sou... e do que sou sem saber 
E, tal borboleta que suga esfuziante o néctar da flor
Deixo-me embriagar nesta doce-amarga afeição
Esqueço o lugar a que pertenço; rendida ao fascínio da atraccão
Perdida numa enseada desconhecida; onde habita felicidade e dor
Entre lágrimas e sorrisos, almejo  o aplacar desta ilusão
Que circula de passagem em  meu débil coração.