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Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cansaço...




Não é apenas tristeza, é cansaço...
Desta vida de mentiras
Em cada luto que faço
Revivo lembranças guardadas em silêncios finados
Não tenho balança que pese meus ais
Tenho medos envenenados
Por negras nuvens, primaveras sem flor e verões sem frutos
Tenho firmamentos de pedra que pesam demais
Tenho alucinações que ofuscam meu olhar
Queimei ilusões que me estavam a cegar
Não tenho tradutor para o meu penar
Mas já não importa...ninguém o quer escutar...
Respiro devagar e no silêncio do meu âmago 
Um mundo de paz e luz quero inaugurar
Criarei meu próprio dialecto, onde ninguém o possa aprender
Viverei nesta estranha mutação, aspirando com resignação
O sofrimento, a angustia e a dor, venham a perecer
E sem culpa, sem desejo ou paixão
Em corpo frágil feminino de mulher entontecida
Viciada em dor como em droga cocaína
Apaziguo a alma  e aguardo  guarida 

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