Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um Presente Matinal



Quero viver aqui... neste mundo imaginário  que é só teu
 mas onde decerto também eu caibo...
Onde só o calor se faz sentir, onde a maldade humana ficou de fora...
 onde no horizonte avisto a esperança.. 
Esperança de uma vida sem dor nem maldade
Vamos viver prá'qui? Maninho querido? 
Obrigada!! ADOREI ! 
Adoro quando  te vejo criar... deixas-me tão feliz.. 
Continua!! Vai em frente. 
Junta todos os teus trabalhinhos imaginários 
e quiçá um dia inauguramos uma expo. juntos.. hã??
Tu, com o teu mundo imaginário e eu com o meu mundo real 
ao qual sempre tento dar um toque de surrealismos,  porque a realidade é tão dura...
O diabo nem sempre está atrás da porta!! 
Obrigada meu querido mano, por este presente logo de manhã.
 Amo-te muito!!!

Trabalho realizado por Paulo Sousa. 

Espreitem mais trabalhos aqui:

https://www.facebook.com/paulo.sousa.75054689/media_set?set=a.1022711699044.2003743.1562782401&type=3

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Rabiscos de Mel e Fel




Hoje sinto-me tal menina que espera há muito por um presente especial.
Toda esta excitação, apenas e só, porque além de despejar meus estados de alma para o computador, hoje, dei-lhes vida e materializei-o! Ficando comigo até sempre.
Trata-se uma simples auto-publicação, não aspiro vir a editar nenhum livro.
 Para mim, isto basta-me. 
Agradeço a todos que me deram força,. E foram muitos! Tenho muito a agradecer. Obrigada. O meu objectivo foi alcançado. Mais um projecto cumprido, mais um sonho realizado.
Convido-vos a desfolhá-lo, virtualmente. E se pretenderem deixar algum cometário
// aqui no blog/
 Poderão fazê-lo neste post.
Um bem ha-ja a todos. E muitas felicidades!!!

Para visualizarem em tela inteira, escolham a opção, que se encontra ao lado do carrinho de compras.
Grata!!!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Memórias Vãs

Caderno aberto no  regaço
Entre sorrisos e lágrimas
Leio palavras de momentos idos
E neste aglomerado de textos mudos
Desfio meadas que o tempo deixou
Despojo-me, de esperança e revivo emoções
Que nelas, a tinta gravou
Consciente do desenlaço, solitária
Sem forças... confusa, dorida, cansada
De mim mesma já esquecida
Numa percepção realista
Adormeço quimeras vãs
sonhos que minh'alma envolve
Que o tempo não volta atrás
E o que perdi, já nada o devolve! 

Ana Simões

Não te quero assim

Não te quero assim!!
Entreguei minha alma adormecida
Vesti meu coração de ilusão
E num grito de  libertação em silêncio
Decido sem reservas
Não te quero assim!
Enxergo o que de nós restou
Nessa noite longa sem fim
Espera infecunda duma esperança abandonada
Teus passos esquecidos
Nossas pegadas desencontradas
Por caminhos opostos marcados
Dois leitos vazios...separados
Duas almas fustigadas..corações sofridos, maltratados
Sentimentos abandonados
Enxergo o que de nós restou, duma cálida noite de Verão
E complacente distingo
De nós apenas ficou
Tuas pegadas e solidão

Ana Simões


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Libertação

Libertação

Aqui... Rompi amarras de dor e preocupação
E, num doce sabor de gaudio e satisfação, aforrelhei meu coração
Sem pressas, louvei o astro rei e em estado de paz, meu pranto sequei
Sem parenteses ou reticencias, firme, imútavel, inteira... me libertei
E, entre o perpéctuo e o instante fugaz, senti o doce aroma de um botão em flor
Neste pedaço de chão, d'erva fresca atapetado, de coração finado de dor
Um óasis quimérico vislumbrei e de cores ideais minha vida pintei
Aqui, de olhos cerrados, á sombra de possantes ramadas, minha tristura  repousei... e me alforriei
D'alma cheia e mente solta, densas amarras soltei
E num relax profundo, sem receios mergulhei, na mais intima fondura
Saciando o meu eu em singelos gestos de ternura
Aqui, amarras rompi e me  libertei!

Ana Simões 



terça-feira, 24 de junho de 2014

Gratidão


Vida matizada, por cores por mim nunca avistadas
Vou bamboleando por caminhos em veredas conquistadas
Num mundo enfeitado de glória  pronto a florir...
Voa meu coração muito mais além... ignorando  o corpo enfraquecido
E... sem pressas mas com fervor, alcanço triunfante lugares nunca idos
Num mundo novo vestido de brilho desperto meus sentidos
Sussurro aos céus minha gratidão e a Ele presto homenagem
De olhos arregalados espreguiço meu olhar tecendo meu sonhar...
Entre eras verdejantes que minha mente enrama
Abraço a natureza que me inspira...
Pinto de rosa minha tez
Migrou de mim a tristeza
E feliz... me meninei outra vez! 



quinta-feira, 5 de junho de 2014

Dia Régio ( hoje é o dia...)

Caminha confiante, bem direcionada
Sem exceder a velocidade e de alam controlada
Vai ao encontro de luz e cor, destemendo quaisquer dor
Seus pensamentos vagueiam à toa, sem resposta encontrada
E assim ruma... determinada, seguindo seu coração, numa fé desenfreada
Em alva paz mergulhada... sem saber explicar...apenas sente...
Com o propósito e a força regente...de quem O sente presente
E nesta doce quietude... oclusa todos os sonhos, que um dia sonhou...
Para, não mais que só almejar...A efectivação de um sonho
Que  sem embargo ou ilusão, nesta  perfeita paz  alcançada
Divinamente arquitectada, neste dia régio...Sonhou! 





quarta-feira, 4 de junho de 2014

Louvor




Trago nas mãos Fé e esperança
Ilusões no coração e poesia no olhar
Com lapiz de cor pintei sentimentos
Alguns de pura ilusão... outros bem reais o são...
Amei o menino, o mendigo, o amigo e até o inimigo...
Amei...Como quem nunca se cansa de a vida saber amar
E nestas graças tantas, fluiram sonhos multicolores
E da realidade à fantasia...atapetei veredas de ver esperança
Perfumadas de alfazema, enebriadas de paz, amor e luz
Confiante segui horizontes sem fim
E sob firmamentos de mil estrelas iluminados
Plantei orquídias, tulipas, rosas e jasmim
E sapiciência, em subtil mestria
Louvei ao Supremo e plantei meu jardim

Ana Simões 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Vintage


Uma experiencia fotogáfica diferente...vivida por mim e por muitos outros, amigos e fotografos amadores









quarta-feira, 7 de maio de 2014

El Choro de Los Navalucillos



Ao fim de caminhar cerca de 4 km,  por caminhos montanhosos e serpenteados  alcançamos 
Uma bela e fresca queda de água " El Chorro" 








domingo, 4 de maio de 2014

Mulher coragem

Eu te aplaudo mulher, Mãe coragem
Tu! ...
Que geraste amor e vida  ao sabor da esperança
Que interpretaste meritóriamente o mais belo personagem neste palco da vida
Tu!...
Que silente  sofres e suspiras e  em destemor versejas dilemas
Num ímpar amor materno, enfrentas dores e subtilmente rompes cadilhos
Numa vida de dor enredada de atilhos
Tu!...
Mulher pequena, Mãe colossal
De doce e terno olhar...Teus lábios brotam beijos de bem querer
E no teu amor régio determinas, códigos de conduta ao sabor da razão
Tecendo ensinamentos, tal hábil artesão
Eu te aplaudo mulher, Mãe coragem
Tu que aguardas sem pressa a inevitável despedida que o tempo não aligeirou
E numa rima em jeito de canção, cantas aos teus filhos a emancipação, mas já de saudade chora teu coração
Tu!...
Fortaleza fortificada, fonte de água fresca, caminho angelical 
És porto seguro, morada sempre certa, ligação eterna num tênue cordão umbilical
Eu te aplaudo mulher coragem
Nua de disfarces, amas  a essência  ignorando a aparência 
Antevendo penares que à dor te conduz, de sorriso no rosto carregas tua cruz
E nas curvas desta rota que só à dor e amor conduz
Sem permissão pra sonhar...recebes o que não mereces e o que te faz jus
E prazerosa sem arremessos de mágoa, feliz, agradeces a jornada
Festejando teu dom com palavras de festim
Encerras  em glória mais um ato...consciente!!
Que esta peça de amor completo
Jamais terá um fim.

Ana Simões 









sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia do Pai

Querido pai

Regressei ao passado e recordei-te
Vi
Os caminhos que ambos percorremos 
Teu olhar com laivos de doçura
Tuas lágrimas de amor e doçura
Nossos jogos segredos e brinquedos
E, escutei...
Teus ensinamentos e conselhos
Tua prosa educativa e cativante
Os sonhos que para mim sonhaste
A vida que para mim desenhaste
E, senti...
A ternura na ponta dos teus dedos
Afagando os meus cabelos
Tua mão estendida
Enquanto o caminho me guiavas
Contigo, subi a escada da existência
E... de patamar em patamar
Segui, sem sempre te escutar
Galguei degraus derrubei barreiras
Palmilhei praias de maré vaza
Subi colinas desci ravinas
Parei, olhei ; escutei.
E então, triste perdi-te
Na encruzilhada da vida.








quinta-feira, 13 de março de 2014

Restos

Deixei passar o prazo
E entre o não devo e o não posso 
Perdi algures o hiato da existência
E o tempo passou... apressado
Imparcial, abnegado sem pedir licença
Numa indolência passiva exterminando a vida
Desmoronou sem compaixão juventudes floridas
Aniquilou cânticos  de amor, ilusões, lautos sonhos, fantasias...
Sem escárnio ou mágoa, em volteios de dança esperançada 
Reúno  os destroços de existência. E num relato de esperança
Meu ledo coração de ilusão distraído... fértil em ternura e afeição
 Em luxuosa festa fecunda alegria.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Desapego

Desapego

Hoje...tudo e nada me apetece...
Nada me apraz, nem o sol nem a lua  nem  o desejo de ser tua
Hoje, despida de sensações e emoções caminho descalça por trilhos de chuva molhadas
E nem vejo o reflexo de vida que a mesma espelha, ignoro-a ...à vida...  
Essa...  a mim  sempre ignorou e quase tudo me negou
Hoje... tudo e nada me apetece...
Subitamente nada importa, nada me assusta...
O tempo passou por mim sem compaixão e numa implacável mutação
Foi recheando a  bagagem...está pesada a mala que comigo acarreto
Mas é ela que orienta meu  seguro caminhar 
Caminho indiferente sem rede que me possa apoiar nem estrela guia para me  guiar
Nesta vida alucinante, rumo sem destino por caminhos sem brilho, sem chão, sem ilusão
Hoje...tudo e nada me diz....
Nem risada, nem  lágrima chorada, nem lamento do que o tempo ceifou
Nem  vozes de multidão alucinada ou incoerentes julgamentos de mentes ocas desocupadas
Hoje...num racional grito de silêncio, dissolvo quimeras e liberto-me desta dualidade de sentimentos
Sufoco-me em claustro recolhimento...rendida,  aguardo o sopro do vento
Tal folha seca que o Outono  matou 
E nesta inquietude desapegada...entrego o espírito, entrego a carne
Não sei se morri...ou se morta já não estou...


domingo, 5 de janeiro de 2014

Sonhos de Ninguém


Tombam de mansinho, as gotas de chuva, espelhando o chão à minha passagem
E num tributo à vida,  felicito o colírio de cor, no pavimento reflectido
Ignorando o cinza do firmamento, sigo a rota morosamente  
Que a pressa é estouvada e inútil  também
 E nesta fresca manhã de Janeiro, 
Delicadas flores dormem sob tufos de trevos cristalizados
Neste passeio de ilusões sonho, sonhos de ninguém e despejo fantasmas do passado
Numa magia infinda, toco a inocência, aspiro a felicidade  e retorno à adolescência





segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ano Novo - 2014


Vou abrir as portas ao Ano Novo
Escolher novos rumos em veredas frescas
Semear sonhos em solo fértil
Regurgitar melosas palavras sem medida
E na hora da colheita, colher amor sem moderação
Vou abrir as portas ao Ano Novo
Salpica-lo de doces sabores, polvilhá-lo de amena fantasia
Liquidar todas as dores, almejando a felicidade, que chegará um dia
Vou correr por viçosos prados, banhar-me ao luar em cascatas de alegria
Embriagar-me na fresca água dos riachos, vestir-me de violetas e mangericão
Deixar o vento, meu corpo nu beijar, quando a água da chuva me acariciar
Vou abrir as portas ao Ano Novo
Por cada segundo, cada minuto, cada hora... irei lutar! 
Saboreando o agridoce de mais um dia, por mim vivido 
Sem nunca desistir, sem nunca parar...
Sempre e só por amor, nunca por teimosia
E, na despedida ao ano velho, sem mágoa no coração
Dispenso o negro trilho transcorrido, fedendo a rasto apodrecido
De sorriso nos lábios e ceptro na mão
Sentencio sem ajuizar, ignorando censura ou reprovação
Condenada! 
A um Ano Novo,  pleno de: justiça, paz, saúde, amor... e pão!




quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Natais da minha infância...



Esqueci os Natais da minha infância...se algum dia existiram...  não me lembro.
Não recordo bolo rei, nem pinturas de canela num prato de arroz doce perfumado
Nem o cheiro adocicado das rabanadas e  filhoses... só sonhos! 
 Sonhos meus... por mim sonhados...
Não havia sapatinho nem pinheirinho enfeitado
  Nem estrela guia nem José ou Maria...nada havia... no dia de Natal...
Nem tristeza ou alegria, do que não se vivia ... todos os dias, eram,  nesse tempo...  iguais!
Na minha infância, não existiam Natais...
 Mas por mim não chorais!!  Como eu,  houve e há muitos mais...
Hoje, num misto de magia  e encanto
Anjos cantam p'ra mim,  hinos de louvor
Bolas vermelhas enchem minha casa de cor
E há bonecos de neve, pai natais, anjos, renas e muito mais
Há os cheiros repletos de doçura e  as melódicas músicas de Natal 
Que enchem corações de amor e ternura,  apartando-nos de todo o mal
E prá ceia, convidei José e Maria... e Jesus o  Redentor
Porque é Natal...
E em forma de prece como quem a vida agradece
Minh'alma reluz de amor. 
 E é tanta a luz que dela se desprende... 
Que caminho segura, por Teu trilho angelical,  cantando hinos de louvor 
 Porque é Natal...
Hoje,  rumando sobre nuvens sem a ninguém pedir permissão
Sinto  a certeza de um dever cumprido e a perene  gratidão...
 De viver...de sentir... o afago  da grandiosa Criação
E nesta visão do paraíso, sonhadora sem remissão...
Não por ser Natal... mas porque vivo a sonhar!
 Há dentro de mim, um sonho a germinar!
E como num conto de fadas, cerro os olhos  e o mundo todo brilha
E numa ingenuidade infantil,  heis que se enchem as ruas de meninos Jesus, de corpo humano 
Distribuindo aos menos afortunados, alimentos, calor e amor
Ou algum brinquedo ao menino enjeitado 
E nos céus,  Rodolfo  com seu nariz vermelhinho e luzidio 
Tocando os sinos,  vai voando sem  esquecer nenhum lugar
Distribui  presentes  enlaçados com amor,  embrulhados em solidariedade
Porque é Natal...
Distribui amor e igualdade aos homens de boa vontade...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cachoros de Monachil

A cerca de 8 km de Granada espera-me uma  agradável aventura 
O percurso pedestre "Cachoros de Monachil"
Entre vales e pontes suspensas, passando pela Cueva de las Palomas, quase sempre acompanhados pelo rio Monachil,    subindo e descendo montanhas assim será esta aventura.
 Depois de deixarmos o carro na povoação de Monachil e de caminhar por uma estrada de terra batida, avistamos as ruínas de uma antiga central eléctrica. Logo de seguida um placar com as indicações e  um ultimo aviso, dos cuidados a ter. Iremos atravessar diversas pontes suspensas, a maior com cerca de 60 metros e mais de 100 anos de existência. 
O coração acelera e a adrenalina sobe, um pouco receosa começo a travessia, mas se o receio me acompanhava no inicio,  logo se dissipa perante tal beleza, uma imponente cascata corre abundantemente  em cachos de águas glaciares,  a altura a que me encontro é para mim  vertiginosa,  mas não me contenho,  sem prender pedaços daquela imensidão na minha câmara fotográfica. Passada a ponte, o percurso continua por uma estreita calçada de cimento, encostada a paredes com mais de 30 metros de altura, este  estreito trilho de cimento tem a função de cobrir e proteger  uma conduta de água potável que abastece a povoação de Monachil.  Estávamos no mês de Julho e por tal razão,  o leito do rio corria vagarosamente, o caminho vai-se estreitando, a ponto de nos vermos obrigados a percorre-lo agachados ou até mesmo  rastejando, em algum troço do mesmo,  segura-mo-nos a "ferros" que nos servem de apoio e mal nos cabem os pés em piso firme, cada obstáculo desperta em mim risadas de satisfação,  tal criança descobrindo uma nova aventura, quase me sinto personagem de um filme de Indiana Jones. Por fim,  entramos  na parte mais estreita, uma pequena caverna formada pela erosão fluvial / Cueva de Las Palomas/  a luz do dia quase não entra na mesma e o espaço é ínfimo. Terminamos esta etapa do percurso no verdejante  / Cerro de las Uvas/  assim chamado pela  abundância de vinhas em tempos idos.
 E vamos caminhando e observando a paisagem e outra ponte nos surge, esta bem mais pequena mas em muito mau estado... O calor apertava e banho-me no rio onde voam dezenas de borboletas amarelas, tento registar o momento mas o tempo urge e o sol queima. Atravessamos mais algumas pontes suspensas, subimos escadas esculpidas na própria montanha , caminhamos paralelos ao curso do rio , avistamos aves de rapina que sobrevoam o céu limpo e tão azul, observamos um casal que praticava escalada, foram os únicos que encontramos em todo o percurso e ainda assim bem longe de nós. Inspiramos o ar puro da montanha , pique-nicamos algo, que a fome aperta,  sentados num dos muitos miradores naturais e  após as forças recuperadas é hora de retomar caminho que muitos kms ainda nos esperam.
Quase no final somos brindados com mais uma bela queda de água onde se pode descer e refrescar. 
Resta-nos palmilhar o caminho de terra batida que nos leva de novo ao ponto de partida.
Termino o dia lamentando o mesmo ter terminado e  prometendo voltar, que muito ainda ficou por observar













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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Desistência

Poderia...
Poderia sim! coser meus lábios e trancar palavras que gritam por justiça
 Vendar meu olhar p'ra não não ver verdades que teimam em se mostrar
Colocar trancas no meu pensar, no meu penar, poderia...
Poderia até, meu sentir com palavras vãs camuflar...  máscaras de sorrisos envergar... 
Inventar esquecimentos, buscar respostas onde habitam silêncios
 Poderia...
Poderia fingir que a vida nada me negou, gritar ao mundo que feliz sou...
Seja lá  a felicidade o que for...
Poderia...mas...
Não adianta inventar uma vida colorida tal aguarela  de mil cores  matizada...
Se minha alma de negrume  está pintada
 Colher com amor urtigas que irrompem nos silvados agrestes e ama-las como  puros  lírios campestres... 
Esperar milagres mil vezes desejados se até Ele... ou eu... Dele...estamos deslembrados
Poderia envergonhar-me de mais uma dolorosa recaída
 De palmilhar ás cegas trilhos sem saída...  procurando em vão doces metas...
Poderia...
Disfarçar  decepção com ilusão viver num gélido Inverno sonhando com um cálido Verão 
E num banquete adiado  provar  sem degrado a aceitação
Poderia...
Mas não quero mais vestir esta roupagem
Cansei de ganhar coragem, levantar voo e seguir viagem num  outro eu inventado
Cansei desta vida de tédio sem remédio encontrado
Cansei de ser ignorada, de ser esquecida
Cansei de mim, cansei de lutar por causa perdida
Desistência? Não!
Acordando e voando... buscando o rumo certo da vida