Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Continuando pelo Parque das Nações


O passeio continuou e Óscar maravilhado admirava a paisagem.
Para ele tudo era uma descoberta, um novo mundo. queria andar naquela estrada espelhada  e tive de lhe explicar que aquela "estrada" era o rio Tejo que nasce em Espanha, e quiça um dia o levo ao nosso país vizinho. Contei-lhe como esta estrada maravilhosa foi importante para os nossos descobridores... como é grandioso o nosso lindo Tejo, sendo o terceiro mais extenso da península ibérica  e que todos os rios correm para o mar...
 Isto despertou no Óscar o desejo de conhecer o mar. Muito temos de viajar.


Em visita ao Parque das Nações


Ontem levei o Óscar  ao parque das Nações. Fomos ambos passear e absorver aquela energia boa use o Tejo sempre transmite.
Começámos uma caminhada entre os 181 mastros das bandeiras que representam os cinco continentes. Foi, digamos, uma viagem ao mundo com um pouco de loucura à mistura. Eu esparramada no chão para conseguir esta perspectiva e o Óscar todo empolgado por ter saído à rua.
Aqui um jovem desconhecido meteu conversa comigo, um agradável diálogo de longos minutos que me souberam tão bem..
A vida é isto, um eterno encontro inesperado.

Silêncio


Hoje,  eu e o Óscar, assistimos à obra prima de Scorsese "Silêncio" considerado um dos melhores filmes de 2016.
O filme aborda a história do cristianismos no Japão, quando no séc. XVII dois padres jesuítas viajam de Portugal até ao Japão em busca do seu mentor o padre  Cristóvão Ferreira.
Os dois jovens padres sofrem horrores e  testemunham a perseguição dos japoneses cristãos debaixo do regime de Xongonato.
Um dos jovens padres é morto e o segundo questiona-se pelo silêncio de Deus face ao sofrimentos de seus filhos...
Passaram-se quatro séculos e os conflitos por  questões religiosas continuam, também eu me pergunto, ode está Deus.

O Óscar foi a Lisboa


Hoje o Óscar foi até Lisboa e, enquanto eu trabalhava ele apreciava a paisagem. E eu, observando esta micro-criatura olhando o mundo através das vidraças, sinto eterna gratidão.

As aventuras do Óscar

Sem vontade de escrever poesia, decidi partilhar o meu projecto fotográfico e narrativo do ano corrente. 


O Óscar é um amigalhaço cá de casa companheiro do tempo de faculdade do meu filho. Este ano irá acompanhar-me pelos diversos lugares onde me deslocar.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Permite-me dizer não ...


Dorme na espuma do silencio uma tela inacabada 
A tinta  secou e meus desejos camuflou
A momentos de excesso digo basta 
Que me doí esta atracção que me arrastou 
Para uma felicidade que nunca me abraça 
Já não sou fértil flor, que um dia frutos brotou
Já se foi a força de vendavais enfrentar 
Com lágrimas lavei o que vivi  e  almejei  viver
... sofri, senti  e não esqueci,  nem irei esquecer
Cansei de caminhar no breu, ofuscando meu olhar
Visto de coragem o desejo calado
Fecho o baú dos segredos 
E vivo com nostalgia vivenciais de fantasia  
E murmuro baixinho  ao meu  fraco coração
Permite-te doce coração... permitir-me dizer-te que não
E no meu louco divagar  ao amor  peço perdão
E digo, não !

 © Ana Sousa Simões 



sábado, 25 de março de 2017

O Duelo





Esqueci como se escreve...
Perdi a caneta e o papel e perdi-me com eles
E a dor de meu peito  que com os mesmos desamarrava
Vive em mim aprisionada num sombrio degredo
Lesando meus nervos...
... minha ansiedade arruína e minha fraqueza domina
Esqueci como se escreve
À noite a insónia me acaricia e vou morrendo...
Nesta agonia voraz que não se contém
Quero lembrar de escrever
Penejar meus devaneios sem receios
Idealizar momentos mais ousados
Sentir-me livre num meu breve rabiscar
Permitir à caneta deambular no papel
Escrevendo versos de amor e dor entremeados
E que bailem  em sintonia  como dois enamorados
E eu ... no árido leito da saudade
Neste duelo abstracto
Expulso sem dó meus gemidos
Envolta  no doce aroma  da Primavera
Na caneta e no papel  delírios fantasio
Que no  despontar da alvorada
Esconde-se uma mulher de alegria fantasiada

© Ana Sousa Simões

quarta-feira, 8 de março de 2017

Dia da Mulher



Hoje o "Óscar" deixa o jornal para ler amanhã...
Abrevia o trabalho no "office  "
Acelera o passo para apanhar o comboio mais cedo
Antecipa aquele encontro à muito agendado
Avia-se na florista mais próxima
Aprimora-se no seu visual
Ignora a Tv e o tele-jornal
Inspira-se e escreve um soneto
Atreve-se, arrisca-se e num gesto ousado rouba o beijo desejado
Hoje o Óscar relembra  a sua meninice e recorda sua mãe suas irmãs, suas amigas de infância
Olhos nos olhos segue a musa que o conduz
E uma singela homenagem emerge a cada gesto
Nesta ligação perfeita honorifica a mulher
...
E  a noite chega calma e o dia findou e se o Óscar se atrasou ?
Hoje o dia é tão abstracto...
Porque nós mulheres, musas por poetas e artistas eleitas
Somos mais que uma data difusa esquecida no calendário
Somos a fêmea que seduz e à loucura conduz
Donzela casta, envergonhada que espera sonhadora o canto da alvorada
A esposa rendida; a esposa amada, a mulher amiga... amante
Somos o abrigo o regaço, terra fértil a fermentar
Mente em rodopio, desvario...
A luz no final do túnel, abraço que deslumbra.
A filha, a mãe... o riso o pranto, o colo que aspiras...vida a acontecer
Páginas de um livro  por ler ...alma e corpo intenso de Mulher...
Somos nós... Mulheres!

© Ana Sousa Simões






terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Desconjuntura

Desconjuntura

Numa sociedade cada dia mais egoísta
Onde impera a actua conjuntura económica
Onde vinga a discórdia, o desemprego, a pobreza...
Caminhamos por ermos lugares
Despovoados de sentimento
Falamos para maquinas, falamos para nós mesmos
E... nesta ausência de contacto
Debatemo-nos com os nosso eus
Combatendo incessantemente
O monstro em que se tornou esta sociedade onde vivemos
Lutamos, batalhamos , esforçamo-nos
E, constatamos
Vivemos num mundo louco
Sobrevivemos
E... rendomo-nos à loucura

 © Ana Sousa Simões



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Saudade




( Imagem da NET ) 


Tenho uma caixa de origami 
Feita de papel de cetim 
Onde guardo saudades tantas
e as desencapoto  só pra mim 
Sigo encenando sorrisos  numa controlada  quietação 
que manda a sensatez, oculte meu sentir...
e á algia diga não 
Numa dor-saudade sentida... na demasiada nostalgia de lembranças várias
Guardo  em meu  secreto imo,  regalos de  soberba recordação
E no entre-pensar  de te ter e não te ver
Se de dia te recordo ... a noite traz-te a mim
E o sono intermitente, queda-se irrequieto  a hibernar
No mesmo,   embalo lembranças , afago-te na inolvidável minuta iluminada
Vislumbro ecos que minh'alma  tocam
E na cicatriz da memória, me torno viajante 
Nesta demente  insanidade alucinada
E quero ser tanto e não sou nada...

© Ana Sousa Simões


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Adeus ...



Adeus loucura adeus
Quero que  te vás
E meu ser numa alva candura encontre paz
Não nasci para ti nem tu para mim
Nasci para sonhar  e meus sonhos não mais vivenciar
Eu não nasci para o amor
Ninguém nasceu para me amar
Sou alma metade, semente do acaso
Que voa no tempo em busca de se encontrar
Mil vezes me virei do avesso
Para vencer a luta que minha vida cercou
E mil vezes moribunda morri... e renasci
Quero que te vás insana loucura
Deixa que plasme de lucidez meu frágil ser
Sinto em mim um obscuro turbilhão que me entontece
E uma firme certeza desta loucura não querer viver
Adeus loucura adeus
Não te quero em vida minha
Liberta-me para sempre, por Deus te peço
Fatigada estou destas algemas que me prendem à bucólica ilusão
De um dia a um qualquer coração pertencer
Como faz doer esta louca ilusão...
Adeus loucura... Adeus !


© Ana Sousa Simões







sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Incompreensão



Volta não volta para minha vida  desafortuna 
Quando de júbilo meu coração sorri
Logo chega a tristeza enciumada
A enxotar tamanha satisfação
Será pura maldade, teimosice, ou obstinação ... ?
Digo pra mim, no meu acreditar utopista
É somente a angústia rebugenta
Brincando com a jovial satisfação
Que, para meu deleite e contentamento
Trás a mim calor e alento, envolto numa ponderada calma
E fico assim em banho-maria , em fogo morno
Numa apatia que me inebria...
E já o dia raiava e a algia não dormia
Ao ver-me submissa deste modo incompreendido
Minha alma alagada de ilusões, de dor se vestia
E eu.. alucinada, embriagada, teimosamente insistia
Cantando louvores por uma alegria que não existia...

©  Ana Sousa Simões 






quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Já é ante-manhã ...


Hoje

A semente que em mim um dia se gerou, germinou e nasceu. Cresceu e gerou amor
A vida não passou por mim indiferente, eu dei vida e a vida deu-me a luz que me conduz
Tornou-me completa ... madre... progenitora... mulher inteira !
Reconhecida, bendigo um sonho colossal por mim ambicionado
Cativa deste amor e ternura sem igual ... sorvo a boa fortuna que me faz esquecer os infortúnios
E sou caminhante num oásis de felicidade
Caminho em glória, ofuscada por este cândido sentimento e para meu deleite
És meu refúgio, és a trave mestre que meu ser sustenta
És minh'alma inteira, és extensão de mim, minha inata alegria que meu coração acaricia
Meu sangue, meu alento, meu rebento... my best friend bem-humorado
Fala-me baixinho, abraça-me de mansinho... não assustes nosso regalo abençoado
Que a Deus rogo com fervor; nosso amor sempre flua e nunca eu venha a te desencantar
Ai que euforia.. já é ante-manhã. Neste dia minha prosa é de alegria !
Hoje...
Sou riso e felicidade e por ti renasci
Rumo à festança, visto-me de poesia e venho festejar teu dia.

Feliz aniversário filho lindo.

© Ana Sousa Simões





quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Foi Deus



Foi Deus

Rebusco os mistérios da fé e com fé me reencontro
E creio nessa força secreta que  Ele me confere em horas de mágoas tantas
Não quero mais em mim revolta ou pranto
Apenas a doce lembrança do teu sorriso
Já não te procuro mais... porque,  te sei sempre presente
Encontro-te mesmo quando de nuvens o céu se despe...
Ouço-te nas frescas águas das ribeiras, no sopro leve do vento
nas cores quentes do sol poente, numa flor que baila ao vento...
A brisa que meu rosto toca... és sempre tu.
Meu aconchego, meu anjo da guarda, minha estrela guia
E eu... eu sou matéria em evolução
Num presente incerto dum passado extinto
Dei tréguas à vida e na vida sacrifiquei meu choro, sufoquei meu grito e firmei minha fé
E num labirinto de acertos e desacertos achei a luz que me conduz
Com preces teci meu caminho e afastei a dor que em mim se fincou
E nesta teia oculta...  invento subtis laços de ternura, num éden por mim imaginado...
 ... onde tu és rainha
Lentamente,  reconstruo meu caminho com pedrinhas de gratidão e harmonia
Num solo saturado de sofrer, abandono a dor, liberto o passado
Agracio a vida e volto a ela por inteira... desde a manhã ao final do dia
Porque a vida, essa... é fugidia.

© Ana Sousa Simões


quinta-feira, 28 de julho de 2016

Estava Escrito

Deambulando neste vácuo oco, privada da tua presença
Estilhaçada, perdida num medonho deserto
E um desejo quimérico de te ver, persiste sem disfarçar
Dói-me as entranhas, meus olhos ardem das lágrimas que não consigo libertar
Meu coração ferido, sinto-o sangrar
Tento acalmá-lo mas ele não se detém e insististe em declinar a veracidade
Porém, neste vazio lancinante, minha apatia começa a entender...admitindo tão agreste pesar
Amaciando a aflição desta luta madrasta
É uma dor ambígua, oscilando entre dois pólos contraditórios
Uma lacuna perdida no espaço, sem asas para voar ou chão pra pisar
Abençoada insanidade que me embriaga, espraiando meu olhar além horizontes
Onde te ouço, te vejo, te sinto e nunca te perco
Eterna é a alma,,, então que não haja pranto na carnal separação
Resignada, liberto meu grito de agonia, seco as lágrimas que não brotei
Abafo a dor que não libertei e esqueço palavras que não escrevi
À noite, elevo meu olhar ao céu  de estrelinhas salpicado
Brindam-me os céus com cânticos de alegria e louvor
Que no céu há mais uma estrela a cintilar
Zelando por todos com amor.

│©  Ana Sousa  Simões





domingo, 3 de julho de 2016

Encontro ao Reencontro

Há tempo de afazeres, muita azáfama e correia
Momentos em que o coração anavalhado por dores lancinantes nos paralisa
 E petrificada, nossa'alma gélida, penetra num abismo profundo, angustiante num silêncio mordaz
Há dias em que penso demais e a tristeza toma conta de mim
Mas o  vento passou e numa brisa protectora meu pensamento levou
E cada palavra me soa a poesia
Há tempo de lazer,do sabor adocicado de " non fare niente"
E nem a vizinha rezingona estraga nosso dia
E até conseguimos voar, fazer o pino, brincar, saltar
Simplesmente por recordar o quão delicioso é sonhar
Há dias que viver, combina com alegria, aventura, sol, mar e lua
Montanhas, cidades ou praia... o lema é sair prá rua
Então...
Vou rumar à quietude, à placidez do silêncio numa pacatez impenetrável
Reencontrar o equilíbrio, repousar meu olhar na mansidão do cume de uma montanha
Num murmúrio de um riacho
Viajar... fugir de mim para me reencontrar
Saio nesta estação e deixo o trem à espera de mim
Tenho o roteiro alinhavado e passagem comprada com bilhete de ida e volta
Na bagagem levo afectos, coragem e amor e aventuras sem fim
Vou d'alma ampla, sem limites assistir ao desfile fragmentar duma vida em que todos estamos somente de passagem
Embarcar nesta valiosa viagem com paragem obrigatória a um descanso diferenciado
Vou explorar as sonoridades da natureza, roubar ao tempo o tempo que a vida me levou
Perder-me na vastidão do desconhecido, reunir histórias
Gravar paisagens inesperadas, gentes e locais, geometrias e arquitecturas na minha câmara
Vou perder a identidade, o norte o sul, as horas os dias e reencontrar a esperança
algures entre a razão e a ficção sempre na perspectiva lírica de uma eterna apaixonada
Orientar meu caminho, agitar meu corpo minha mente e sentir o bem que isso me faz
Vou dar lugar ao que sou, encontrar-me e ser audaz.

© Ana Simões



quinta-feira, 30 de junho de 2016

Oscilações

Entre o racional e o emocional
Desarmado, incauto... balança meu coração
Neste fogo alucinado, numa sede inesgotável
a vós, afectos renegados, os quero conquistados
Neste mato agreste sem vida ou cor, por mim florido plantei amor
E nesta dúbia oscilação, desfolho meu livro de sonhos e ilusões
Sou promessa cumprida e sou mutação
Saboreio a genuinidade de uma flor silvestre que goza de liberdade
E que na sua simplicidade à natureza acrescenta luz e cor
Afasto a heresia, o inconformismo  a injustiça aterradora
Sigo o sol, sigo a lua e caminho mais além.. longe desta mágoa tanta
Esqueço o fel e provo o mel... afortunada, sou escrava da vida
E de vida me sinto insaciada...
Em Teu refúgio bebo o néctar divinal , pairando... tal beija-flor
Porque eu tenho uma sede inesgotável de vida e amor
Sorvo de um trago gotas quentes,  fluídas, dessa mágica poção
Na crença de um perene sonho o   meu sofrer sarar
Que minha dor me afunda por caminhos de fráguas
Num eco silente que um sombrio temor calou
De sorrisos e alegrias à dor a quero trocada.. reprimo-a.. à dor ...
E numa consciência ilusória... Sou! Imune à algia ...
Experimento doçuras por mim imaginadas.







quinta-feira, 2 de junho de 2016

Melodia



Melodia essência da vida que meu âmago banha de paz e tranquilidade 
Em ti me sereno e avisto um reino por mim inventado
Servidão minha, que sem submissão me proteges
Afugentas minhas dores, meus temores , minha saudade
Em teus solfejos me protejo e tu me embalas com  teus trinados 
Numa sonata de alecrim e açucenas sossegas minhas penas
E... rendida sou ;  tua amiga- amada - amante
Cerro os olhos e sou liberdade, sou corpo e alma 
Sou menina e mulher, sou lágrima ausente
Sou passado , futuro e presente
Sou raiz, mendiga, imperatriz , tua leal companheira 
Tua sonância me afaga e sou eu por inteira
Melodia, paixão abstracta, sem sabor ou olfacto
No entanto fecho os olhos e sinto teu tacto
É tanto o que me dá...
De ti não vem ingratidão, injustiça, desprezo ou agruras tais
És pródiga de luz e paz, mensagem  divina, adoração
És sustento de minh'alma... és beijo proibido, alcova de prazer, sedução
Ouço-te, sinto-te ... perco-me em tuas sonatas e és fascinação.




domingo, 8 de maio de 2016

Matemática da Vida


A vida não é uma equação matemática ou um quadro de tabuada de resultados previsíveis
É mais um desenho de criança incompreensível aos olhos dos demais
É fonética desconcertante de surdos mudos
Conjunto de dialectos cabalísticos
Experiência cientifica sem resultados conclusivos
Investigação constante de final desconhecido
A vida são um conjunto de problemas de aritmética
Somamos amor no desejo de o multiplicar
Dividimos a dor na esperança de a apagar
Subtraímos a angustia  por um numero primo
Encontrando sempre dois divisores positivos
E no fim...
Caminhamos sem sentido por caminhos desconhecidos
A vida são linhas convergentes e ...  divergentes
Directrizes que se intercedem num resultado abstracto
É um jogo de dor e de prazer
Uma luta  emocionante entre o incauto e o sagaz
É pauta de música, soneto de amor
É jornada derradeira fiel companheira
Aventura constante colorida de sonhos multicolor
É a  viagem a não perder...sonho saciado... riso e drama sem fim
A vida sou eu sorrindo pra ti / vida /  nunca desistindo de mim !




domingo, 1 de maio de 2016

Dia da Mãe




Mulher Coragem
Eu te aplaudo mulher, mãe coragem
Tu !
Que geraste amor e vida ao sabor da esperança
Que interpretaste meritóriamente o mais belo personagem neste palco da vida
Tu !
Que silente sofres e suspiras e em destemor versejas dilemas
Num ímpar amor materno, enfrentas dores e subtilmente enfrentas cadilhos
Numa vida de dor enredada de atilhos
Tu!
Mulher pequena, mãe colossal
De doce e terno olhar... teus lábios brotam beijos de bem querer
E no teu amor régio determinas códigos de conduta ao sabor da razão
tecendo ensinamentos, tal hábil artesão
Eu te aplaudo mulher, mãe coragem
Tu que aguardas sem pressa a inevitável despedida que o tempo não aligeirou
E numa rima em jeito de canção, cantas aos teus filhos a emancipação
E já de saudade chora teu coração
Tu !
Fortaleza fortificada, fonte de água fresca, caminho angelical
És porto seguro, morada sempre certa, ligação eterna num ténue cordão umbilical  
Eu te aplaudo mãe coragem
Nua de disfarces, amas a essência ignorando a aparência
Antevendo penares que à dor te conduz , de sorriso no rosto carregas tua cruz
E nas curvas desta rota que só à dor e amor conduz
Sem permissão pra sonhar, recebes o que não mereces... e o que te faz juz
Prazeirosa  sem arremessos de mágoa, feliz, agradeces a jornada 
Festejando teu dom com palavras de festim
Encerras mais um acto consciente
que esta peça de amor completo, jamais terá fim !

© Ana Simões