Acerca de mim

- Ana Simões
- Sintra, Lisboa, Portugal
- Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Desapego
Desapego
Hoje...tudo e nada me apetece...
Nada me apraz, nem o sol nem a lua nem o desejo de ser tua
Hoje, despida de sensações e emoções caminho descalça por trilhos de chuva molhadas
E nem vejo o reflexo de vida que a mesma espelha, ignoro-a ...à vida...
Essa... a mim sempre ignorou e quase tudo me negou
Hoje... tudo e nada me apetece...
Subitamente nada importa, nada me assusta...
O tempo passou por mim sem compaixão e numa implacável mutação
Foi recheando a bagagem...está pesada a mala que comigo acarreto
Mas é ela que orienta meu seguro caminhar
Caminho indiferente sem rede que me possa apoiar nem estrela guia para me guiar
Nesta vida alucinante, rumo sem destino por caminhos sem brilho, sem chão, sem ilusão
Hoje...tudo e nada me diz....
Nem risada, nem lágrima chorada, nem lamento do que o tempo ceifou
Nem vozes de multidão alucinada ou incoerentes julgamentos de mentes ocas desocupadas
Hoje...num racional grito de silêncio, dissolvo quimeras e liberto-me desta dualidade de sentimentos
Sufoco-me em claustro recolhimento...rendida, aguardo o sopro do vento
Tal folha seca que o Outono matou
E nesta inquietude desapegada...entrego o espírito, entrego a carne
Não sei se morri...ou se morta já não estou...
domingo, 5 de janeiro de 2014
Sonhos de Ninguém
Tombam de mansinho, as gotas de chuva, espelhando o chão à minha passagem
E num tributo à vida, felicito o colírio de cor, no pavimento reflectido
Ignorando o cinza do firmamento, sigo a rota morosamente
Que a pressa é estouvada e inútil também
E nesta fresca manhã de Janeiro,
Delicadas flores dormem sob tufos de trevos cristalizados
Neste passeio de ilusões sonho, sonhos de ninguém e despejo fantasmas do passado
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Ano Novo - 2014
Vou abrir as portas ao Ano Novo
Escolher novos rumos em veredas frescas
Semear sonhos em solo fértil
Regurgitar melosas palavras sem medida
E na hora da colheita, colher amor sem moderação
Vou abrir as portas ao Ano Novo
Salpica-lo de doces sabores, polvilhá-lo de amena fantasia
Liquidar todas as dores, almejando a felicidade, que chegará um dia
Vou correr por viçosos prados, banhar-me ao luar em cascatas de alegria
Embriagar-me na fresca água dos riachos, vestir-me de violetas e mangericão
Deixar o vento, meu corpo nu beijar, quando a água da chuva me acariciar
Vou abrir as portas ao Ano Novo
Por cada segundo, cada minuto, cada hora... irei lutar!
Saboreando o agridoce de mais um dia, por mim vivido
Sem nunca desistir, sem nunca parar...
Sempre e só por amor, nunca por teimosia
E, na despedida ao ano velho, sem mágoa no coração
Dispenso o negro trilho transcorrido, fedendo a rasto apodrecido
De sorriso nos lábios e ceptro na mão
Sentencio sem ajuizar, ignorando censura ou reprovação
Condenada!
Condenada!
A um Ano Novo, pleno de: justiça, paz, saúde, amor... e pão!
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Natais da minha infância...
Esqueci os Natais da minha infância...se algum dia existiram... não me lembro.
Não recordo bolo rei, nem pinturas de canela num prato de arroz doce perfumado
Nem o cheiro adocicado das rabanadas e filhoses... só sonhos!
Sonhos meus... por mim sonhados...
Não havia sapatinho nem pinheirinho enfeitado
Nem estrela guia nem José ou Maria...nada havia... no dia de Natal...
Nem tristeza ou alegria, do que não se vivia ... todos os dias, eram, nesse tempo... iguais!
Na minha infância, não existiam Natais...
Mas por mim não chorais!! Como eu, houve e há muitos mais...
Hoje, num misto de magia e encanto
Anjos cantam p'ra mim, hinos de louvor
Bolas vermelhas enchem minha casa de cor
E há bonecos de neve, pai natais, anjos, renas e muito mais
Há os cheiros repletos de doçura e as melódicas músicas de Natal
Que enchem corações de amor e ternura, apartando-nos de todo o mal
E prá ceia, convidei José e Maria... e Jesus o Redentor
Porque é Natal...
E em forma de prece como quem a vida agradece
Minh'alma reluz de amor.
E é tanta a luz que dela se desprende...
Que caminho segura, por Teu trilho angelical, cantando hinos de louvor
Porque é Natal...
Hoje, rumando sobre nuvens sem a ninguém pedir permissão
Sinto a certeza de um dever cumprido e a perene gratidão...
De viver...de sentir... o afago da grandiosa Criação
E nesta visão do paraíso, sonhadora sem remissão...
Não por ser Natal... mas porque vivo a sonhar!
Há dentro de mim, um sonho a germinar!
E como num conto de fadas, cerro os olhos e o mundo todo brilha
E numa ingenuidade infantil, heis que se enchem as ruas de meninos Jesus, de corpo humano
Distribuindo aos menos afortunados, alimentos, calor e amor
Ou algum brinquedo ao menino enjeitado
E nos céus, Rodolfo com seu nariz vermelhinho e luzidio
Tocando os sinos, vai voando sem esquecer nenhum lugar
Distribui presentes enlaçados com amor, embrulhados em solidariedade
Porque é Natal...
Distribui amor e igualdade aos homens de boa vontade...
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Cachoros de Monachil
A cerca de 8 km de Granada espera-me uma agradável aventura
O percurso pedestre "Cachoros de Monachil"
Entre vales e pontes suspensas, passando pela Cueva de las Palomas, quase sempre acompanhados pelo rio Monachil, subindo e descendo montanhas assim será esta aventura.
Depois de deixarmos o carro na povoação de Monachil e de caminhar por uma estrada de terra batida, avistamos as ruínas de uma antiga central eléctrica. Logo de seguida um placar com as indicações e um ultimo aviso, dos cuidados a ter. Iremos atravessar diversas pontes suspensas, a maior com cerca de 60 metros e mais de 100 anos de existência.
O coração acelera e a adrenalina sobe, um pouco receosa começo a travessia, mas se o receio me acompanhava no inicio, logo se dissipa perante tal beleza, uma imponente cascata corre abundantemente em cachos de águas glaciares, a altura a que me encontro é para mim vertiginosa, mas não me contenho, sem prender pedaços daquela imensidão na minha câmara fotográfica. Passada a ponte, o percurso continua por uma estreita calçada de cimento, encostada a paredes com mais de 30 metros de altura, este estreito trilho de cimento tem a função de cobrir e proteger uma conduta de água potável que abastece a povoação de Monachil. Estávamos no mês de Julho e por tal razão, o leito do rio corria vagarosamente, o caminho vai-se estreitando, a ponto de nos vermos obrigados a percorre-lo agachados ou até mesmo rastejando, em algum troço do mesmo, segura-mo-nos a "ferros" que nos servem de apoio e mal nos cabem os pés em piso firme, cada obstáculo desperta em mim risadas de satisfação, tal criança descobrindo uma nova aventura, quase me sinto personagem de um filme de Indiana Jones. Por fim, entramos na parte mais estreita, uma pequena caverna formada pela erosão fluvial / Cueva de Las Palomas/ a luz do dia quase não entra na mesma e o espaço é ínfimo. Terminamos esta etapa do percurso no verdejante / Cerro de las Uvas/ assim chamado pela abundância de vinhas em tempos idos.
E vamos caminhando e observando a paisagem e outra ponte nos surge, esta bem mais pequena mas em muito mau estado... O calor apertava e banho-me no rio onde voam dezenas de borboletas amarelas, tento registar o momento mas o tempo urge e o sol queima. Atravessamos mais algumas pontes suspensas, subimos escadas esculpidas na própria montanha , caminhamos paralelos ao curso do rio , avistamos aves de rapina que sobrevoam o céu limpo e tão azul, observamos um casal que praticava escalada, foram os únicos que encontramos em todo o percurso e ainda assim bem longe de nós. Inspiramos o ar puro da montanha , pique-nicamos algo, que a fome aperta, sentados num dos muitos miradores naturais e após as forças recuperadas é hora de retomar caminho que muitos kms ainda nos esperam.
Quase no final somos brindados com mais uma bela queda de água onde se pode descer e refrescar.
Resta-nos palmilhar o caminho de terra batida que nos leva de novo ao ponto de partida.
Termino o dia lamentando o mesmo ter terminado e prometendo voltar, que muito ainda ficou por observar
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Desistência
Poderia...
Poderia sim! coser meus lábios e trancar palavras que gritam por justiça
Vendar meu olhar p'ra não não ver verdades que teimam em se mostrar
Colocar trancas no meu pensar, no meu penar, poderia...
Poderia até, meu sentir com palavras vãs camuflar... máscaras de sorrisos envergar...
Inventar esquecimentos, buscar respostas onde habitam silêncios
Poderia...
Poderia fingir que a vida nada me negou, gritar ao mundo que feliz sou...
Seja lá a felicidade o que for...
Poderia...mas...
Não adianta inventar uma vida colorida tal aguarela de mil cores matizada...
Se minha alma de negrume está pintada
Colher com amor urtigas que irrompem nos silvados agrestes e ama-las como puros lírios campestres...
Esperar milagres mil vezes desejados se até Ele... ou eu... Dele...estamos deslembrados
Poderia envergonhar-me de mais uma dolorosa recaída
De palmilhar ás cegas trilhos sem saída... procurando em vão doces metas...
Poderia...
Disfarçar decepção com ilusão viver num gélido Inverno sonhando com um cálido Verão
E num banquete adiado provar sem degrado a aceitação
Poderia...
Mas não quero mais vestir esta roupagem
Cansei de ganhar coragem, levantar voo e seguir viagem num outro eu inventado
Cansei desta vida de tédio sem remédio encontrado
Cansei de ser ignorada, de ser esquecida
Cansei de mim, cansei de lutar por causa perdida
Desistência? Não!
Acordando e voando... buscando o rumo certo da vida
Poderia...
Mas não quero mais vestir esta roupagem
Cansei de ganhar coragem, levantar voo e seguir viagem num outro eu inventado
Cansei desta vida de tédio sem remédio encontrado
Cansei de ser ignorada, de ser esquecida
Cansei de mim, cansei de lutar por causa perdida
Desistência? Não!
Acordando e voando... buscando o rumo certo da vida
Dia Internacional da combate à violência contra a mulher
Contra todo o tipo de violência, para com qualquer ser vivo!!! Não à Violência!
Brio
" Ninguém é grande nem pequeno neste mundo pela vida que leva, pomposa ou obscura. A categoria em que temos de classificar a importância dos homens deduz-se do valor dos actos que eles praticam, das ideias que difundem e dos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes."
Ramalho Ortigão
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Sou eu!
Ai que saudades tinha de mim...
Sou eu!
Menina em corpo de mulher, nua de crueldade vestida de simplicidade
De cabelos desalinhados, soltos ao vento... libertando sonoras gargalhas, recusando-me a mais sofrer
Num ultimo grito, esvaziei discursos recalcados e cancelei encontros agendados com lágrimas, dor, tristeza ou decepção
A partir de hoje só aceito amor! Quero beijos e abraços, afagos de amizade...
Estima, fraternidade, simpatia e afeição... É que nem aceito outra opção!
Não tenho coordenadas nem bússolas ou mapas...seguirei o trilho, animada
Ainda que sem resposta encontrada, viverei feliz, que a vida não pode ser adiada
Ainda que sem resposta encontrada, viverei feliz, que a vida não pode ser adiada
Vou seguindo o rumo pela desiquilibrada estrada
Dispensei o desassossego, matarei medos à nascença e de pé aplaudo a vida
E nesta mutação esqueço a frustração e rumo à evolução
Pesando emoções numa balança afinada
Aliviada de alma leve, livre e desperta
Aliviada de alma leve, livre e desperta
Inspiro o ar da manhã... o sol desponta e é minha a festa!
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Serenidade
Em cada final há um recomeço...Tenho sede de serenidade
E neste silêncio quase perfeito onde nada acontece
Marioneta
A vida é tal um macramé, cheia de nós...
Deslaça e enlaça e tudo se entrelaça
E tal marioneta manipulada, anestesiada
Vivendo à sombra dos afectos...tropeçando no cordel do temor
Alheada aos atilhos que me manobram...bem articulada, aceito conformada
O que sou...e não sou nada...
E num diálogo de surdos mudos...chega camuflada a "sentença"
Ao sabor da instabilidade, sonhando com o que o que fui, o que sou e desejaria ser
Numa amedrontada fobia de seguir a estrada
Sinto-me encurralada num emaranhado de um macramé
E numa lucidez quase alucinada... entendo finalmente...que não posso ser ajudada
Exaustão
Pálpebras cerradas exaustas de tanto lacrimejar
Rogam aos céus que cessem meu soluçar
E descem a mim num silencio pesaroso
Consciências doridas plenas de lucidez
Expulso sentimentos embrionários, expurgo fantasmas e todos os sonhos fantasiosos que sonhei
E nesta escrita de cordel, confesso aos meus fieis aliados, caneta e papel
Estou exausta... quase morta de dor...
Cansada de monólogos disfarçados, de viver diálogos imaginários
Ergo a voz, invento uma personagem..mudo a semântica de tudo que até aqui escrevi
Cimento a força que me chega das entranhas, abandono dores tamanhas
E nesta fase de mutação, ordeno à paz que se instale sem permissão
Para sempre, para sempre em meu coração
Pagina em Branco
A caneta deambula numa pagina em branco.
Frenética... ansiosa por desenhar as palavras que ficaram por dizer
Relatos já gastos, discurso de retalhos por silêncios pautados e lágrimas ofuscados
E ansiosa deambula a caneta, desejando escrever o que não ouso dizer
Murmúrios de saudade... de felicidade que doces palavras me fizeram viver
E reclama a paz e grita já basta de tanto sofrer...Escrevendo convicta: Desejo viver!
Desabraço...
Caderno aberto no meu regaço, leio palavras de tempos idos
Neste aglomerado de textos mudos, desfio meadas que o tempo deixou
Despojo-me de esperança e revivo emoções, que nelas a tinta gravou...
Consciente do desenlaço...solitária... da Natureza recebo um abraço
Sem forças...confusa, cansada, dorida, de mim mesma já esquecida
Adormeço quimeras vãs, sonhos que minh'alma envolve
Que o tempo não volta atrás e o que perdi, já nada me devolve...
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Ecos de Silêncio
Em silêncio abraço a vida
Percorro os trilhos que Me destinaste
Encerro em mim todos os meus sonhos
E serena, passo a passo sem pressa...
Louvo a vida, que passa ligeira em seu andor
Num ilimitado e doce abraço, aceito as rosas, aceito os espinhos
É inegável... Depois do torpor, a vida renasce!
Nobre e altiva, segura nem vacila, tal estrela cintilante, minhas passadas vem alumiar
Recebo os beijos do vento, as carícias das marés, o afago perfumado de um sonho naufragado
E nesta viajem embarco numa miragem, escuto o hipnótico ode de uma sereia
Deliciosamente deixo-me embalar por melodiosa canção
Abraço a vida...
E em silencio... apenas respiro contemplação
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Hoje...
Hoje...
Rompi as cordas que me amarravam à dor
Libertei-me da mordaça, já parei de gritar!
Despi-me de memórias que me estavam a cegar
Entre alvoradas e o crepúsculo travei batalhas perdidas
Brotei lágrimas por sentimentos falidos e de tristeza andava tolhida
No limiar da nostalgia... quebrei promessas...e a resposta encontrei...
Sem reticencias, virgulas ou interrogações...
Então decida...ergui minha força e calei minha voz
Então decida...ergui minha força e calei minha voz
E na calmaria do mar ao sol poente, curarei cicatrizes definido directrizes
Que a vida é obra perfeita e de a viver eu fui eleita e a mesma corre veloz
Furtarei as vestes à felicidade, aprisionarei o meu sofrer, roubarei a chave da alegria e sem ilusões...
Preparada estou para a vida viver
Preparada estou para a vida viver
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Ao cair da folha...
Ao vagar de cada passo desolado
Caminho sem pressa num tétrico deambular
Em letargia, sem magia.. como por encantamento me deixo andar
Prendo lágrimas de mágoas que caminham comigo por trilhos de fráguas
Em tal tristeza de vida insatisfeita, caminho apática sem luz sem candeia
E no meu singelo passar, ao compasso do pulsar do meu coração
Escuto o crepitar das folhas secas, solitárias, sem piedade lançadas ao chão
Meu olhar percorre o caminho e nesta viagem procuro meu trilho
Sofro...e na tristeza me detenho...desnorteada busco meu tecto...
Num lampejo de optimismo, enterro meus desafectos e mais uma vez abafo meus ecos.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Aprisionada
Vida aprisionada, sem cor, sem sabor, sem nada...
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Imaturo ser, bucólico inocente
Noites ao relento no escuro do firmamento
Em noites sem luar que lhe pudesse iluminar
Procurava em vão...a alva tonalidade d'alma danificada
Sentia-se bicho abandonado, desprezado... num caminho inverso indesejado
Tomada por prostituta em casta virgindade, saboreava o azedo sabor do mal
Num desmedido desespero, encobria a dor num sorriso angelical
E numa vida de faz de conta, orava com fervor
Pedindo ao Senhor, que afastasse os abutres que sua carne queriam provar
E continuava rezando pedindo uma maleita para lhe desmemoriar
Retalhos de uma vida desfeita...
...Por quem por direito, muito a deveria amar...
Ausências
Um dia irei colher frutos dos sonhos que semeie
Não sonhos de amor e afectos
Esses já desacreditei
Sonhos de esperança e confiança
Sonhos de quem já se cansa, de esconder o seu sonhar
Sonhos de saudade, de verdade...sonhos sem filosofar
Vou acreditar que tal borboleta também eu irei voar
Sem mapa ou bússola, com asas rendilhadas em fraco esvoaçar
À ausência de vida este voo me irá levar
E nada irei sentir e nada irei notar, seguirei sem medo este voo que me conduz
Sem grito descontrolado, sem entusiasmo ou embargo
Cansada de viajar, sem sois, sem mares, sem bem-querer...
... Devolvo o meu lugar
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