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Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia do Pai

Querido pai

Regressei ao passado e recordei-te
Vi
Os caminhos que ambos percorremos 
Teu olhar com laivos de doçura
Tuas lágrimas de amor e doçura
Nossos jogos segredos e brinquedos
E, escutei...
Teus ensinamentos e conselhos
Tua prosa educativa e cativante
Os sonhos que para mim sonhaste
A vida que para mim desenhaste
E, senti...
A ternura na ponta dos teus dedos
Afagando os meus cabelos
Tua mão estendida
Enquanto o caminho me guiavas
Contigo, subi a escada da existência
E... de patamar em patamar
Segui, sem sempre te escutar
Galguei degraus derrubei barreiras
Palmilhei praias de maré vaza
Subi colinas desci ravinas
Parei, olhei ; escutei.
E então, triste perdi-te
Na encruzilhada da vida.








quinta-feira, 13 de março de 2014

Restos

Deixei passar o prazo
E entre o não devo e o não posso 
Perdi algures o hiato da existência
E o tempo passou... apressado
Imparcial, abnegado sem pedir licença
Numa indolência passiva exterminando a vida
Desmoronou sem compaixão juventudes floridas
Aniquilou cânticos  de amor, ilusões, lautos sonhos, fantasias...
Sem escárnio ou mágoa, em volteios de dança esperançada 
Reúno  os destroços de existência. E num relato de esperança
Meu ledo coração de ilusão distraído... fértil em ternura e afeição
 Em luxuosa festa fecunda alegria.