Acerca de mim

A minha foto
Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

30/1/2012


Agradeço

As lágrimas os sorrisos
A dor passada a dor presente
A solidão os amigos
O amor o afecto
A familia que tenho
A que nunca tive
O sol a chuva a lua
A ventania o arco-íris
A desilusão a decepção
As vezes que caí e me levantei
Os erros os acertos
Os sonhos que sonhei
Ilusões quimeras utopias
Que distraidamente fantasiei
Agradeço cada instante
Cada sorriso cada gemido
Cada choro cada lamento
Agradeço o sofrimento
Agradeço a vida naturalmente
Porque
Me encanta simplesmente

      © Ana Sousa Simões 

                                         29/1/2012                                        

Hoje,
nem a sombra do que há-de vir,
nem os mestres, nem os amigos, nem os livros,
nem a fragilidade dos meus pés
feitos de barro e cansaço!
Todas as minhas revoltas domadas,
todos os meus gestos em meio
e as minhas palavras sufocadas
terão a sua hora de viver e amar!
Hoje,
será a mais bela noite do mundo!

Fernando Namora, in 'Mar de Sargaços'

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


28/1/2012


Percorremos trilhos
Caminhando lado a lado
Num secreto silencio
Por sussurros quebrado
Atravessámos fronteiras
Derrubámos barreiras
De corpo e espirito unificados
Nuvens densas cobriram a lua
O vento soprou forte e tudo levou
Na magia do luar nosso enlace se fortificou
Tua presença tua voz teu toque
Infundem em mim segurança
Penetro na tranquilidade e mergulho nesta paz
Envolvida pela suave brisa
Penso, analizo...Não falo
Na discordia ou em harmonia
Hoje e sempre somos uno
E de mãos entrelaçadas
Confiantes no futuro
Com amor
Seguimos nosso rumo

27/1/2012

Numa sociedade cada dia mais egoísta
Onde ímpera a actual conjuntura económica
Onde vinga a discórdia, o desemprego, a pobreza...
Caminhamos por ermos lugares
Despovoados de sentimentos
Falamos para maquinas, falamos para nós mesmos...
E, nesta ausencia de contacto
Debatemo-nos com os nossos "eus"
Combatendo incesssantemente
O monstro que se tornou esta sociedade em que vivemos
Lutamos, batalhamos, esforçamo-nos...
E...Constatamos
Vivemos num mundo louco
Sobrevivemos...
E... Rendemo-nos á loucura
 
 

26/1/2012

Há momentos na vida em que nos deveriamos calar e deixar que o silêncio falasse ao coração, pois há sentimentos que a linguagem não expressa e há razõeses que as palavras não sabem traduzir

" Desconheço o autor"

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

25/1/2012

Na tepidez de um final de tarde
Sinto a carícia de uma brisa suave
Rendo-me á magia do momento e me sento
Confiando ás letras meu estado de alma
Perdida entre pensamentos divergentes
Inriquieta mas consciente
Sigo o caminho que se diz coerente
E assim confiante e de alma lavada
Sigo determinada a minha estrada
 
24/1/2012

Espero o voltear de uma borboleta
Que abre as asas no espaço
E esvoaça livremente no céu
 
23/1/2012

Prisioneira de tempos esgotados
Que cismam permanecer
Destroços sofucados
Sentimentos magoados
Que o coração teima não esquecer
Entre lágrimas e silêncios
Entre gritos abafados e absurda letargia
Renego a veracidade
Rendendo-me ás falácias da vida
Prossigo serena em doce melancolia
E com ousadia
Expando saudade da vida que não vivi
 

22/1/2012

Bem sei que todas as mágoas
São como as mágoas que são
Parecidas com as águas
Que continuamente vão...
Quero pois ter guardada
Uma tristeza de mim
Que não possa ser levada
Por essas águas sem fim

"Fernando Pessoa"

21/1/2012

Homem- Pedra. Rei dos rochedos
Escultura do vento no tempo petreficado
Dizei-me o que avistais
Que segredos guardais
Contai-me devagar que não tenho pressa
Sento-me na fresca areia e início nossa conversa
Sonhos velados de casais enamorados?
Corpos bailando ao som do mar?
Amantes desnudados á luz do luar?
Que maravilhas me contais...
Homem-Pedra. Rei dos rochedos
Fortificado imortal tal ícone celestial
Resguarda minhas inquietudes
Meu sofrer minha dor, meus ais
Guardai-as por mim guardai-as
E a ninguém...A ninguém as contais

20/1/2012

Nesta suave traquilidade
Onde me sinto cativa
Mutilada tolhida apertada
O silêncio burila minha angustia amordaçada
Nestas brumas marítimas
Flutuam sonhos suspensos
Sonhos que nada foram, já nada são
E nunca serão...
Nada mais...Só sonhos e solidão
 
19/1/2012

A preciosidade mais valiosa
Está em nossas mãos...
Quer seja uma flor, a delicia de uma carícia
O abraço caloroso de um amigo
A neblina matinal na vidraça
O sabor de um beijo que nunca passa
Um coração ardente de amor
O esvoaçar de aves na alvorada
Ou a nossa simples almofada...
Agarra com garra essa raridade
Não deixes fugir a banalidade
E descobre a forma mais autentica da felicidade


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

18/1/2012

Pequenos tesouros
Refluxo das marés
Inertes como brinquedos deixados ao acaso
Onde o mar e a terra se encontram
Expelidos esquecidos...Pelo tempo desgastados
Pequenos tesouros... Por mim eternizados...


17/1/2012

Vive devagar
Sente o sabor dos anos em silêncio
Inspira o ar e respira liberdade
Vive devagar
Escuta o canto do pássaro
O galopar de cavalos idos nos prados
Cheira o doce aroma de uma flor silvestre
E deixa-te entontecer
Pelas vertiginosas cores da vida


16/1/2012

Do alto vos vejo, neste azul imenso
Agarro a boleia do vento
Solto um doce e melodioso suspiro
E sinto a vera felicidade
 

15/1/2012

Quero
Viajar até ao centro de mim
Vaguear livremente
Sentir o que gente sente
Quero escutar a minha verdade
Sentir amor liberdade prazer
Quero solitariamente caminhar
Por trilhos passados onde só eu consigo chegar
Quero tornados e dilúvios vencer
Cruzar tempestades sem nunca temer
Quero a magia de um bosque encantado
Docemente descalça por ele deambular
Sentir em meu corpo a carícia do vento
Cerrar os olhos e sentir-me beijar
Quero encontrar o lugar onde abuliram fronteiras
Que não me impessam mais de viver
Quero
Simplesmente morrer...
E... súbitamente renascer
Quero
Existir, viver, ser...
E desta vez para sempre
Para sempre...

14/1/2012

A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.

Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.

Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.

Fernando Pessoa

13/1/2012

Diz-se:
Oriundo da lua e habita na rua
Povoada de gente que passa indiferente
Olhar vago de sorriso discreto
Errante indiferente ao mundo inquieto
E o tempo desliza rapidamente
Sem que nada lhe peça
Sem nada lhe dar
E a gente alheia passa apressada
Como se fossem tudo
E não somos nada...
 


12/1/2012

Hoje deixei
De tentar erguer
Os planos de sempre
Aqueles que são
Pra outro amanhã
Que há-de ser diferente
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu...

 " Mafalda Veiga"



11/1/2012

Promete-me
Promete-me hoje
Promete-me agora
Enquanto o sol brilha para nós
Promete-me
Que sorrirás para mim
Mesmo quando eu não vejo
Que um dia me amarás
Como eu o desejo
Promete-me
Que jamais me esquecerás
E lembra-te
Sempre que o horizonte se fechar
E a lua nos iluminar
Eu sempre te irei amar.
 

10/1/2012

Escuto atenta o silêncio
É tempo de meditação e descanço


9/1/2012

Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.

"Álvaro de Campos"

8/1/2012

Agarrada a linhas rectas
Cativada pela esperança
Subo até à felicidade
Derrapo na decepção
Sofro desilusão sem nunca fraquejar
De um trago brindo ao futuro
E em estado de felicidade
Deixo a tristeza para lá do muro
Proclamo à vida uma doce aliança
Guardando em mim
Fé amor serenidade e confiança
 

7/1/2012

Amanheço entre amigos
É festa de luz e alegria
Perplexa desfruto do paraiso
Refugio de silêncio e quietude
E agradeço a Deus por vos ter em minha vida.


6/1/2012

Os Reis Magos estão cansados
De conflitos, da guerra, do egoísmo
Da ignorância incoerente e decadente...
Contudo, deixam-nos uma mensagem como presente:
Não importa o que foi, o que é ou o que faz
O seu passado, o seu sexo, religião ou posição social...
Não viva uma esperança tépida e coalhada
Não deixe que crise alguma vença a capacidade de criar e vencer.
Seja criativo. Tome atitudes positivas e produtivas
E terá um ano de sucesso.
Nem só de dinheiro vive o homem.


5/1/2012

Sonhos loucos que sonhei na minha timidez
De cores irisadas do arco-íris
Sonhos de espuma, inúteis, passageiros
Futuros fieis companheiros
Das longas noites na minha vetustez



4/1/2012

O tempo passa sem compostura
Leva com ele a inocência pura
Pela estrada sem retorno caminho contente
Esperando a doçura de um abraço
Plácido e quente

3/1/2012

Tu és a luz que me reflete...
Devolve meus sonhos de menina
Aqueles que nunca vivi...
E por favor. Não me despertes.
...Promete!
 
2/1/2012

Sempre que ocupo a mente com problemas
eles não se resolvem...
Na Verdade multiplicam-se.
Então faço uma pausa...
Aprecio o belo que a vida me oferece.
E desfruto-o
 

Um dia, uma foto e algumas palavras ----------------Janeiro-------------

1/1/2012

Corto o tempo em fatias
Lambuzo-me em seus sabores
E lanço na imensidão do infinito
Todos os meus doces sonhos...