Entre o racional e o emocional
Desarmado, incauto... balança meu coração
Neste fogo alucinado, numa sede inesgotável
a vós, afectos renegados, os quero conquistados
Neste mato agreste sem vida ou cor, por mim florido plantei amor
E nesta dúbia oscilação, desfolho meu livro de sonhos e ilusões
Sou promessa cumprida e sou mutação
Saboreio a genuinidade de uma flor silvestre que goza de liberdade
E que na sua simplicidade à natureza acrescenta luz e cor
Afasto a heresia, o inconformismo a injustiça aterradora
Sigo o sol, sigo a lua e caminho mais além.. longe desta mágoa tanta
Esqueço o fel e provo o mel... afortunada, sou escrava da vida
E de vida me sinto insaciada...
Em Teu refúgio bebo o néctar divinal , pairando... tal beija-flor
Porque eu tenho uma sede inesgotável de vida e amor
Sorvo de um trago gotas quentes, fluídas, dessa mágica poção
Na crença de um perene sonho o meu sofrer sarar
Que minha dor me afunda por caminhos de fráguas
Num eco silente que um sombrio temor calou
De sorrisos e alegrias à dor a quero trocada.. reprimo-a.. à dor ...
E numa consciência ilusória... Sou! Imune à algia ...
Experimento doçuras por mim imaginadas.
Acerca de mim

- Ana Simões
- Sintra, Lisboa, Portugal
- Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Melodia
Em ti me sereno e avisto um reino por mim inventado
Servidão minha, que sem submissão me proteges
Afugentas minhas dores, meus temores , minha saudade
Em teus solfejos me protejo e tu me embalas com teus trinados
Numa sonata de alecrim e açucenas sossegas minhas penas
E... rendida sou ; tua amiga- amada - amante
Cerro os olhos e sou liberdade, sou corpo e alma
Sou menina e mulher, sou lágrima ausente
Sou passado , futuro e presente
Sou raiz, mendiga, imperatriz , tua leal companheira
Tua sonância me afaga e sou eu por inteira
Melodia, paixão abstracta, sem sabor ou olfacto
No entanto fecho os olhos e sinto teu tacto
É tanto o que me dá...
De ti não vem ingratidão, injustiça, desprezo ou agruras tais
És pródiga de luz e paz, mensagem divina, adoração
És sustento de minh'alma... és beijo proibido, alcova de prazer, sedução
Ouço-te, sinto-te ... perco-me em tuas sonatas e és fascinação.
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