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Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

 

Perdoei mas não esqueci
A ausência de afetos
A liberdade e os direitos renegados
As noites em branco passadas 
Com olhos por lágrimas molhados
Perdoei mas não esqueci
O covil onde vivi
O abuso, o insulto, o desamor
O ser vil asqueroso, imundo
Que pra sarjeta me endereçou
Perdoei mas não esqueci
As palavras mudas pela noite calada
Caminhando sem mapa 
Sem futuro na estrada
Só, perdida, desabrigada
Perdoei mas não esqueci

 

© Ana Sousa Simões



1 comentário:

Ailime disse...

Boa noite Ana,
Um poema muito belo que evoca momentos tristes, diria dramáticos, que tantos seres humanos passam durante os seus trajetos de vida, por vezes muito curtos.
Perdoar é fácil Esquecer, dificil!
Poema que muito me emocionou.
Um beijinho e um excelente fim de semana.
Emília