Acerca de mim

- Ana Simões
- Sintra, Lisboa, Portugal
- Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.
sábado, 31 de outubro de 2009
MOMENTOS
Quando o tempo passa
Ao ritmo de uma valsa
Numa rede sedosa
De conversas e diversão
Amizade e emoção
Sinto um secreto desejo de libertação
Quando passeando á beira-mar
A brisa corre suave
Aprazível e perfumada
Despertando ao meu olhar
Barquinhos pintados de todas as cores
Por gaivotas povoados
Sinto felicidade
Quando o sol desce no horizonte
Envolvendo num véu de bruma
Silhuetas apaixonadas
Mergulhados num banho inebriante
De ternura e amor
De ternura e amor
Sinto a fragilidade da solidão
Quando por caprichos da Natureza
O verde esperançado
Divinamente pintalgado
De amarelo, castanho e vermelho da paixão
Sinto como é doce passear
Numa tarde de Outono
Sonhando com os raios de sol
De uma tarde de Verão
Quando chega a madrugada
Tempo intermédio
Tempo frenético
Instantes de alegria
Pura euforia
O raiar de um novo dia
Ainda desconhecido
Tal folha em branco
Ou livro por escrever
Sinto a clarividência
De uma vida que passou por mim
Antes de a viver.
Antes de a viver.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Meu Presépio
E, volto a ser criança
Ouço gargalhadas vibrantes
O bater das ondas do mar
Vejo florescer os chorões
Papoilas dançando ao vento
Recordo, silhuetas afiladas correndo no areal
Sinto, saudade, amor e alegria
Lembro os sonhos que aqui sonhei
Sinto-te!
E, neste deslumbramento
Me quedo mais um momento
Recorda-nos...
As nossas brincadeiras
As nossas travessuras
As conversas de noites inteiras
O som das gargalhadas no travesseiro abafadas
A cumplicidade no olhar
Os sonhos que sonhámos
O futuro que idealizámos
As lições que das dificuldades tirámos
Sonhos perdidos no tempo
Sonhos que ficaram para sempre
Reflecte, e vê
Nada mudou, só o tempo passou
Eu sou a mesma
A brisa que toca teu corpo, sou eu!
O sol que te aquece, sou eu!
A água das chuvas que leva tuas mágoas, sou eu!
Eu sou aquela que te ama
Eu sou aquela que te apoia
Eu sou aquela que a distância não separa
Eu sou aquela que nunca te abandona
E tu...
Tu és, amigo, fiel, companheiro...
Tu és o mano mais novo, que me protege
Tu és minha vida, minha alegria
Tu és minha estrela guia
Tu és...
Meu irmão
domingo, 4 de outubro de 2009
No trem da memória
Parto em viagem
Percorro labirintos da vida
Por sofrimentos enegrecida
Entro em ruelas do passado
De pensamento descontrolado
Deslizando veloz
Descarrilo chorando amargamente
De olhos turvos de lágrimas
Embato bruscamente no mundo duro e real
Atónita estonteada puxo o fio á meada
Com a graça de uma fábula
A força de uma parábola
Dou inicio ao meu relato….
Misteriosa mulher
Pobre de cultura rica em reflexão
De sensibilidade imortalizada
De afecto desnudada
Vacilante evasiva
Em busca do amor não vivido
Em busca do tempo desejado
Em busca da vida perdida
A memória diz-lhe: És o que foste.
A consciência afirma-lhe: És o que te deixaram ser
E ela mulher….
Onde o tempo urge e é urgente viver
Dá por terminada a viagem
Como fábula que encerra o enigma
Dançando ao ritmo da vida
Que sonha um dia vir a viver
Escondida atrás de um sorriso
Sonha com esperança
Porque essa…
NUNCA
A quer perder
© 2009 - Ana Simões
© 2009 - Ana Simões
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