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Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

sábado, 25 de março de 2017

O Duelo





Esqueci como se escreve...
Perdi a caneta e o papel e perdi-me com eles
E a dor de meu peito  que com os mesmos desamarrava
Vive em mim aprisionada num sombrio degredo
Lesando meus nervos...
... minha ansiedade arruína e minha fraqueza domina
Esqueci como se escreve
À noite a insónia me acaricia e vou morrendo...
Nesta agonia voraz que não se contém
Quero lembrar de escrever
Penejar meus devaneios sem receios
Idealizar momentos mais ousados
Sentir-me livre num meu breve rabiscar
Permitir à caneta deambular no papel
Escrevendo versos de amor e dor entremeados
E que bailem  em sintonia  como dois enamorados
E eu ... no árido leito da saudade
Neste duelo abstracto
Expulso sem dó meus gemidos
Envolta  no doce aroma  da Primavera
Na caneta e no papel  delírios fantasio
Que no  despontar da alvorada
Esconde-se uma mulher de alegria fantasiada

© Ana Sousa Simões

2 comentários:

Manuel Luis disse...

Agora no doce aroma do Outono com alegria.
Bjs

Ana Simões disse...

Boa noite Manuel.
Bom Outono. E tudo de bom !!
bjs