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Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cachoros de Monachil

A cerca de 8 km de Granada espera-me uma  agradável aventura 
O percurso pedestre "Cachoros de Monachil"
Entre vales e pontes suspensas, passando pela Cueva de las Palomas, quase sempre acompanhados pelo rio Monachil,    subindo e descendo montanhas assim será esta aventura.
 Depois de deixarmos o carro na povoação de Monachil e de caminhar por uma estrada de terra batida, avistamos as ruínas de uma antiga central eléctrica. Logo de seguida um placar com as indicações e  um ultimo aviso, dos cuidados a ter. Iremos atravessar diversas pontes suspensas, a maior com cerca de 60 metros e mais de 100 anos de existência. 
O coração acelera e a adrenalina sobe, um pouco receosa começo a travessia, mas se o receio me acompanhava no inicio,  logo se dissipa perante tal beleza, uma imponente cascata corre abundantemente  em cachos de águas glaciares,  a altura a que me encontro é para mim  vertiginosa,  mas não me contenho,  sem prender pedaços daquela imensidão na minha câmara fotográfica. Passada a ponte, o percurso continua por uma estreita calçada de cimento, encostada a paredes com mais de 30 metros de altura, este  estreito trilho de cimento tem a função de cobrir e proteger  uma conduta de água potável que abastece a povoação de Monachil.  Estávamos no mês de Julho e por tal razão,  o leito do rio corria vagarosamente, o caminho vai-se estreitando, a ponto de nos vermos obrigados a percorre-lo agachados ou até mesmo  rastejando, em algum troço do mesmo,  segura-mo-nos a "ferros" que nos servem de apoio e mal nos cabem os pés em piso firme, cada obstáculo desperta em mim risadas de satisfação,  tal criança descobrindo uma nova aventura, quase me sinto personagem de um filme de Indiana Jones. Por fim,  entramos  na parte mais estreita, uma pequena caverna formada pela erosão fluvial / Cueva de Las Palomas/  a luz do dia quase não entra na mesma e o espaço é ínfimo. Terminamos esta etapa do percurso no verdejante  / Cerro de las Uvas/  assim chamado pela  abundância de vinhas em tempos idos.
 E vamos caminhando e observando a paisagem e outra ponte nos surge, esta bem mais pequena mas em muito mau estado... O calor apertava e banho-me no rio onde voam dezenas de borboletas amarelas, tento registar o momento mas o tempo urge e o sol queima. Atravessamos mais algumas pontes suspensas, subimos escadas esculpidas na própria montanha , caminhamos paralelos ao curso do rio , avistamos aves de rapina que sobrevoam o céu limpo e tão azul, observamos um casal que praticava escalada, foram os únicos que encontramos em todo o percurso e ainda assim bem longe de nós. Inspiramos o ar puro da montanha , pique-nicamos algo, que a fome aperta,  sentados num dos muitos miradores naturais e  após as forças recuperadas é hora de retomar caminho que muitos kms ainda nos esperam.
Quase no final somos brindados com mais uma bela queda de água onde se pode descer e refrescar. 
Resta-nos palmilhar o caminho de terra batida que nos leva de novo ao ponto de partida.
Termino o dia lamentando o mesmo ter terminado e  prometendo voltar, que muito ainda ficou por observar













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