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Sintra, Lisboa, Portugal
Porque me apraz e somente porque me apraz... vou rabiscando palavras no meu modesto linguajar. Palavras que oscilam entre o mel e o fel podendo roçar a minha biografia, não será a narrativa da minha individualidade e ou, do meu sentir. São apenas os meus Rabiscos de Mel e Fel.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Hoje tudo me dói...

Hoje tudo me dói...
Dói-me a incompreensão de palavras escritas
E o oculto  do que ficou por dizer
Dói-me as rejeições que recebi
Mais as que concebi  por não saber viver
Dói-me  o desprezo, as desilusões
As indulgencias, o desabrigo, o desamparo
A orfandade, a insensibilidade, a negligencia 
De não amada ser  por quem tinha esse dever
E assim me transformou neste miserável ser
Hoje tudo me dói...
Dói-me ecos de silêncio trancados em meu peito
Não ter vivido  por  incapacidade ou cobardia  tudo a que tinha direito
Dói-me a falsidade de palavras ocas sem razão
Lançadas como flechas molestando meu coração
Hoje tudo me dói...
Dói-me o acreditar num ser humano sem compaixão
O incompreendido argumento do avesso e do direito da razão
Razão... quem sabe onde pára a razão?
Dói-me o conformismo nas horas de aflição
A raiva amordaçada, a mágoa abafada a amargura que gela meu coração
Hoje tudo me dói...
Doem-me julgamentos equivocados injustos mal-formados
Dói-me o que fui e o que queria ser
Doem-me as lágrimas que queimam meu rosto
Dói-me este  doce amargo sabor a mosto
Dói-me ser "deletada" como carta rasgada
Sem embargo ou compaixão
Hoje tudo me dói...
Frágil vulnerável... dói-me decifrar ensinamentos
Neste amplo livro de ilusões lotado de sonhos, por mim registados
Cega de dor numa vida sem cor os quero rasgados 
Hoje tudo me dói...
Dói-me a hora da partida e da chegada
Despida  de esperança e coragem apago emoções e não desejo mais nada
Hoje tudo me dói...







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